CORONAVÍRUS

Operação Te Cuida RS é integrada com os municípios

Para endurecer a fiscalização das medidas preventivas, a Secretaria da Segurança Pú­blica (SSP) elaborou um protocolo para fortalecer a ação integrada com as prefeituras. O planejamen­to da Operação Te Cuida RS foi apresentado na reunião pelo vice­-governador e secretário da Segu­rança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior.

O protocolo foi elaborado pelas chefias de Brigada Militar (BM), Polícia Civil (PC), Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), Instituto-Geral de Perícias (IGP) e Departamento Estadual de Trânsi­to (DetranRS). O objetivo central é coibir aglomerações e intensificar a fiscalização da ordem de suspen­são de atividades não essenciais. “Construímos esse protocolo para ser utilizado nos 497 municípios, a fim de que efetivamente consi­gamos fazer a fiscalização. É nos municípios que as situações real­mente acontecem. É fundamental que as prefeituras coloquem toda a sua estrutura para se agregar nes­se esforço. Se não conseguirmos reduzir a curva da contaminação, talvez tenhamos que tomar outras medidas, ainda mais drásticas, com impacto tanto para o setor privado quanto para a arrecadação do poder público”, alertou Ranolfo.

“Precisamos dos prefeitos, das equipes de vigilância sanitária, equipes de fiscalização da indústria e comércio, secretarias urbanísti­cas, enfim. Não há possibilidade de os protocolos das bandeiras do Dis­tanciamento Controlado se fazerem observar sem ter apoio das prefei­turas. Precisamos de adesão, enten­dimento coletivo e noção da gravi­dade, inclusive para dar respaldo aos prefeitos para que sejam restri­tivos tanto quanto for necessário. A decisão da suspensão da cogestão é minha responsabilidade, podem colocar na conta do governador, pois terão todo o apoio necessário para fiscalizarmos”, afirmou o go­vernador Eduardo Leite.

O protocolo definiu ainda que os números para recebimento de denúncias serão o 190 da Briga­da Militar e o 197 da Polícia Civil, para acelerar a comunicação às guarnições nas cidades e a verifica­ção dos fatos. “A responsabilidade é coletiva. Todos os prefeitos do Estado vão fazer tudo que estiver ao seu alcance para fazer com que se cumpram as restrições. Esse é o nosso papel. Estamos juntos, com certeza absoluta faremos todo o necessário para essa curva de inter­nações começar a cair”, afirmou o presidente da Famurs, prefeito Ma­neco Hassen.

PROTOCOLO Presente nos 497 municípios do Estado, a BM lide­rou a fase preliminar, em andamen­to ainda antes da apresentação do protocolo, para articular as ações com as Guardas Municipais, agen­tes de trânsito e fiscais de vigilân­cia sanitária, saúde e indústria e comércio. O passo seguinte foi pro­mover reunião de alinhamento com os representantes locais das demais forças de segurança do Estado e os órgãos municipais, o que também já está ocorrendo.

Na fase ostensiva, todas as vinculadas da SSP e os órgãos municipais estarão nas ruas para prevenir e dispersar aglomerações, além de fechar estabelecimentos que estejam abertos fora do horá­rio permitido. Em parceria com os fiscais das prefeituras, a BM fará abordagens, buscando primeira­mente o convencimento de quem estiver descumprindo as medidas preventivas. A Polícia Civil tam­bém dará apoio ostensivo com efetivo e viaturas.

RESISTÊNCIAS Nos casos de resistência, a BM poderá utilizar instrumentos de dissuasão para dispersar aglomerações de maior volume, e os infratores serão de­tidos. Nas Delegacias de Polícia existentes em 324 cidades, o pro­tocolo orienta o registro dos des­cumprimentos e a autuação, em especial nos casos que se verifique infração prevista no artigo 268 do Código Penal – infringir determi­nação do poder público, destinada a impedir introdução ou propaga­ção de doença contagiosa –, com pena de detenção, de um mês a um ano, e multa.

Para o fechamento de estabelecimentos, as autoridades municipais terão papel fundamen­tal na verificação de regularidade de alvarás e outras permissões le­gais. Durante o horário em que o funcionamento estiver permitido, o trabalho dos órgãos de fiscaliza­ção das prefeituras será essencial para a verificação das medidas obrigatórias de prevenção contra a Covid-19, como lotação máxima conforme a bandeira da região, distanciamento mínimo entre os clientes, disponibilização de álco­ol gel e uso de máscara.

REGIÃO A Brigada Militar já atua na região auxiliando no cum­primento dos protocolos sanitá­rios. Em Hulha Negra, por exem­plo, quatro viaturas auxiliaram o setor de fiscalização da Prefeitura em uma ação de orientação quan­to ao horário de funcionamento de bares, restaurantes e lancherias. Conforme explicou esta sema­na ao TP o secretário de Admi­nistração, Planejamento e Meio Ambiente, também integrante do COE, Antônio Héctor Bastide, “a necessidade do cumprimento imediato do decreto estadual, fez com que os governos municipais e a Brigada Militar realizassem operações conjuntas para cons­cientizar a população, bem como coibir o avanço da pandemia no Rio Grande do Sul. A ação foi ex­cepcional, surtiu grande efeito”, frisou.

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