CORONAVÍRUS

Pedras Altas e Pinheiro Machado estudam atualizar decretos para conter disseminação do coronavírus

Em decisão coletiva, tomada na tarde do último sábado (4), os 22 chefes do Executivo que integram a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) optaram por acatar a bandeira vermelha (região com alto risco de contágio para o coronavírus) no modelo de Distanciamento Controlado do governo do Estado. Para isso, foram levados em conta problemas como a ocupação de leitos hospitalares – tanto Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) quanto leitos convencionais; a falta de medicamentos; o aumento de óbitos e a curva ascendente de casos confirmados de pacientes contaminados pela Covid-19 na região Pelotas/Rio Grande (R21).

Pedras Altas e Pinheiro Machado, mesmo fazendo parte da chamada Regra 0-0 (zero registro de hospitalização e zero registro de morte nos últimos 14 dias antes do levantamento de dados) e que assim como outros 175 municípios ainda estão autorizados a manter os protocolos da bandeira laranja (risco médio), estudam atualizar decretos com medidas mais restritivas. Nesse caso, os prefeitos têm autonomia nas decisões.

PEDRAS ALTAS – Para a reportagem, Leandro Bandeira, chefe do setor de Vigilância Sanitária da Cidade do Castelo, disse que a equipe técnica estará em reunião na tarde desta segunda-feira (6). Para o jornal, ele adiantou o que deve ocorrer já nas próximas horas. “Devemos adotar medidas mais restritivas como forma de tentar manter nossa situação zerada e levando em conta as questões de leitos de UTI e falta de medicações para os possíveis casos de internação por parte de nossas referências. A formatação de um decreto próprio mais restritivo deve ocorrer nas próximas horas”, afirmou. Pedras Altas não possui pacientes sendo monitorados, suspeitos e sequer confirmados de contaminação pelo novo coronavírus.

PINHEIRO MACHADO – Em Pinheiro Machado, a manhã da segunda-feira (6) foi marcada por reunião entre o Executivo e membros da diretoria da Associação Comercial Industrial Agropecuária e Serviços (Acias). Conforme afirmou o presidente Jesus Benê Gomes, a categoria teme um novo fechamento do comércio conforme protocolo da bandeira vermelha, que autoriza apenas o funcionamento de serviços considerados essenciais: supermercados, farmácias e postos de combustíveis.

Para o TP, Zé Antônio já adiantou que não há outra alternativa a não ser endurecer as ações para tentar conter a disseminação do vírus. O prefeito ainda aguarda até o fim da tarde por um relatório do Comitê Extraordinário de Saúde (CES), que atua durante a pandemia da Covid-19, para tomar a decisão final. Contudo, ele antecipou ao jornal que é praticamente impossível fugir do protocolo da bandeira vermelha, até mesmo em solidariedade a Pelotas e Rio Grande, que são as referências hospitalares da região.

O prefeito também confirmou que concederá esta semana, uma entrevista ao TP, juntamente com o secretário de Saúde, Thiago Araújo e a enfermeira responsável pelo CES, Marina Scheer, quando farão um relato mais abrangente de todas as medidas já tomadas em prevenção e combate ao novo coronavírus na cidade.

No município, três dos quatro casos confirmados já são considerados recuperados. Segundo o boletim epidemiológico divulgado neste domingo (5), há ainda três casos suspeitos aguardando resultado de exame do Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e 17 sendo monitorados pelas equipes de saúde. O paciente com o vírus ativo, um homem de 59 anos, está no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) por ser do grupo de risco e como medida de precaução. O município acabou se encaixando na Regra 0-0 porque essa hospitalização foi atualizada no sistema apenas na sexta-feira (3), depois do Comitê de Dados ter realizado levantamento para atualização das bandeiras e passará a valer apenas para a próxima semana. A informação é da titular da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Caroline Hoffmann.

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