Vereadora tinha 49 anos Foto: Divulgação/Câmara de Formigueiro
Nesta sexta-feira (20), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Formigueiro, sob coordenação do delegado Antônio Firmino de Freitas Neto, prendeu o acusado de ser o autor do homicídio que vitimou a vereadora Elisane Rodrigues (PT), de 49 anos, ocorrido na noite de 16 de junho, em uma estrada rural na localidade de Rincão dos Machado, interior do município de Formigueiro, que fica próximo de Santa Maria e São Sepé, na região central do RS.
Crime aconteceu no interior do município na segunda (26) à noite Foto: Polícia Civil
O preso, um jovem de 18 anos, que não teve a identidade revelada, segundo as investigações, premeditou e envolveu o uso de um pretexto enganoso para atrair a vítima até o local da execução. Conforme apurado, o jovem convenceu a vítima a ir até a região com o argumento de que ela poderia adquirir carne a um preço abaixo do valor de mercado – situação usada apenas para levá-la até o ponto do crime.
As investigações apontam que a motivação está relacionada a uma dívida de drogas supostamente contraída pelo filho da vítima. O crime teria sido ordenado como forma de punição, com o objetivo de causar sofrimento e dor.
Entrevista coletiva foi dada pela Polícia na Câmara local após prisão do acusado Foto: Reprodução
Durante a investigação, foram analisados vestígios periciais, imagens de câmeras de segurança, dados de telefonia e depoimentos de testemunhas, que permitiram a elucidação dos fatos.
Após os procedimentos legais, o preso foi encaminhado ao Presídio Estadual de São Sepé, onde permanecerá à disposição da Justiça. As diligências continuam para a identificação do(s) mandante(s) do crime.
VIOLÊNCIA
Conforme as autoridades policiais, em entrevista coletiva dada após a prisão do jovem acusado da execução, o uso de arma branca (faca) para assassinar a vereadora parece também ter sido pensado, porque uma arma de fogo chamaria a atenção da vizinhança pelo barulho. A Polícia acredita que Elisane foi morta por volta das 21h30 de segunda-feira (16), porém seu corpo só foi encontrado caído junto ao seu carro na manhã seguinte.
Os ferimentos causados na vereadora, conforme a Polícia, foram de grande extensão, tendo sido quase decapitada. De acordo com o acusado do crime, a faca e um celular da vítima (ela usava dois aparelhos) foram jogados num açude após o crime.
O assassinato teve repercussão nacional, inclusive na chamada grande imprensa, causando muitas manifestações nas redes sociais, pedindo justiça pela morte da parlamentar.
