SEGURANÇA

Polícia cumpre buscas e apreensões em mais uma fase da operação tríade em Bagé

Operação ocorreu em revenda de veículos e com o apoio da PRF Foto: Reprodução TP

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil, o setor de inteligência da Brigada Militar e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagraram na manhã desta segunda-feira (23), mais uma fase da Operação Tríade, em Bagé.

Durante as investigações do complexo esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro operado pelas três organizações criminosas descoberto pelos policiais, foi identificada uma revenda de veículos em Bagé que negociava carros para a organização criminosa local. Segundo a polícia, alguns dos veículos foram comprados com dinheiro do tráfico – ou recebidos como pagamento de droga – e eram vendidos juntamente com carros dos lojistas ou de terceiros, encobrindo o rastro do dinheiro sujo e dando uma aparência de prosperidade para os negócios dos criminosos.

As investigações da Operação Tríade começaram em 2020 e até o momento 20 pessoas já foram presas em flagrante e diversos veículos foram apreendidos – inclusive alguns que estavam transportando droga. A operação já apreendeu 31kg de cocaína, 57kg de maconha e 5kg de crack em diversas ações.

No último dia 30 de julho a polícia desarticulou um laboratório de refino de cocaína e crack em Bagé, onde três pessoas foram presas em flagrante. No dia 10 de agosto a polícia cumpriu mais de 100 ordens judiciais de busca e apreensão, bloqueio e sequestro de bens e valores.

Na manhã desta segunda, conforme a Draco, foi cumprido um mandado de busca e apreensão e 46 veículos foram apreendidos para vistoria e comprovação da cadeia de sucessão dos proprietários. Alguns veículos de luxo também foram apreendidos, pois segundo a polícia já havia sido identificado em outubro do ano passado, quando a Draco apreendeu uma Land Rover blindada, pertencente ao líder da organização criminosa, o uso por parte do grupo. A ação de hoje ainda contou com o apoio da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana do município de Bagé.

O delegado Cristiano Ritta destacou que “essa é a expressão mais sensível do crime organizado e da lavagem de dinheiro, pois recoloca na economia o dinheiro sujo, com uma aparência de legalidade, aumentando ainda mais o lucro dos criminosos e prejudicando a livre concorrência dos empresários que obedecem a legislação. O uso de veículos para a lavagem de dinheiro é uma pratica bastante conhecida em razão da facilidade com que os carros transitam no território nacional, apenas com um documento de propriedade em nome de terceiros – os laranjas”, afirmou.

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