A Polícia Federal (PF), em atuação conjunta com o Ministério Público Estadual (MPE), deflagrou nesta terça-feira (6), a Operação Coactum, que tem por objetivo investigar eventual prática dos crimes de inserção de declaração falsa em prestação de contas eleitorais, conhecido como caixa 2, organização criminosa e peculato, além de outros possíveis crimes contra a Administração Pública. Na nota enviada pela Comunicação Social da PF, não foi especificado quando esses possíveis delitos teriam sido cometidos.
Na ação, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em Bagé, em cumprimento a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS). Não houve prisões e foram apreendidos telefones celulares, notebooks, HDs externos e documentos diversos.
A investigação revelou indícios da existência de desvio, solicitação e exigência, por parte de agentes públicos ocupantes de cargos na Prefeitura de Bagé, de parcela do salário de servidores, prática conhecida como ‘rachadinha’.
A operação foi chamada de “Coactum”, referindo-se ao caráter compulsório da contribuição. Os servidores, segundo as investigações feitas até agora, teriam sido obrigados a entregar parcela de sua remuneração, sob pena de exoneração.
CONTRAPONTO – O jornal entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Bagé, que enviou a seguinte nota: “O Município, por meio da Procuradoria-Geral, informa que não houve qualquer intimação acerca dos fatos retratados na matéria, desconhecendo-se o teor da investigação. Ademais, caso necessário, coloca-se à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.”
* Com acréscimo de informações às 15h02
