INFRAESTRUTURA

Ponte do Passo do Salso foi pauta na sessão da Câmara de Candiota

A estrutura está localizada na divisa entre os municípios de Candiota e Hulha Negra

Ponte caiu há cerca de três meses após um caminhão carregado de soja tentar passar pelo local Foto: Divulgação TP

Na sessão da última segunda-feira (16), na Câmara de Candiota, um dos temas abordados tratou sobre a ponte do Passo do Salso, no interior do município.

No início do mês de maio deste ano, a ponte de madeira, que havia sido revitalizada ainda em 2021, acabou desabando, após um caminhão carregado de soja tentar passar no local. Ninguém se feriu no acidente, mas desde então, o assunto repercute nos municípios de Candiota e Hulha Negra, isso porque a ponte faz a divisa entre as duas cidades.

CÂMARA – Após três meses de interdição, os vereadores Danilo Gonçalves e Luana Vais (ambos do PT), foram até o local para registrar a atual situação e conversar com os moradores da região. Na sessão, algumas fotos da ponte caída foram passadas no telão. “Para algumas pessoas estão dizendo que a ponte já está reconstruída e que terminou o problema. E está aí o problema da ponte, as pessoas estão nos cobrando e reivindicando. Estive lá com a vereadora Luana, e com um morador daquela localidade. Estamos aqui, pedindo encarecidamente pelos produtores que hoje estão lá, os tratores e as máquinas precisam passar”, falou o vereador Danilo Gonçalves, que levou as imagens para mostrar aos colegas e comunidade.

O vereador e presidente da Câmara, Gildo Feijó (MDB), falou que as pessoas precisam das estradas e pontes, mas ressaltou que muito desses recursos que poderiam estar sendo investidos, tiveram que ser aplicados em dívidas que ficaram do governo anterior, e que é preciso achar outras maneiras para trazer recursos para a cidade. “Para que num prazo mais rápido possível, as pessoas possam passar por aquela ponte, pois ficamos com vergonha mesmo. Mas as condições financeiras as vezes nos atrapalham, e nós sabemos que as pessoas merecem e tem que ter. Como é que vão passar ali? Mas então, temos que achar um meio termo, e este é trazendo recursos de fora. Emendas de deputados, um planejamento aonde se possa dar um pouquinho para cada lado. O orçamento municipal sempre foi pequeno para investimentos”, destacou Feijó.

A vereadora Luana disse ter consciência referente aos recursos e pagamento de contas, sugerindo que o governo faça um paliativo, para que ao menos os carros de pequeno porte consigam passar pela ponte. “O pessoal está passando a cavalo, mas segundo um morador nos relatou, ultimamente nem os cavalos estão passando, pois já estão encostando a barriga na água. Sabemos que os trabalhadores do Salso que trabalham do outro lado, estão fazendo quase 30 km a mais para poder chegar. E isso é um transtorno e um gasto e sabemos como funciona a economia com a gasolina. Até que se construa um projeto bem elaborado para a ponte, um paliativo ameniza o transtorno”, destacou.

Moradores improvisam passagem por dentro da água Foto: Divulgação TP

PREFEITURAS – No dia seguinte a sessão, o Tribuna do Pampa entrou em contato com os secretários de Obras dos dois municípios.

O vice-prefeito e secretário de Obras de Hulha Negra, Igor Canto, informou que o prefeito Renato Machado o autorizou tratar sobre o assunto diretamente com o secretário de Candiota, Valdenir Dutra. Segundo Canto, o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador deu carta branca para que o serviço fosse executado.

Além disso, em uma reunião que uniu os dois secretários de Obras, o engenheiro de Candiota, Marcelo Vaz e o secretário de Administração, Planejamento e Meio Ambiente de Hulha, Hector Bastide, ficou acertado que o engenheiro faria o projeto e que o valor seria dividido entre os dois municípios. “Estamos esperando o projeto, o que combinamos na reunião foi isso, fazer o levantamento da ponte metade a metade, e fazermos a ponte juntos. O que está acontecendo exatamente eu não sei, estamos aguardando o projeto que é só colocar no papel e mandaremos pagar a ponte ou o que for preciso. Estamos no aguardo, assim que mandarem o projeto dizendo o que cada um vai fazer, pagaremos a metade”, informou Igor Canto.

O secretário candiotense, Valdenir Dutra, foi breve ao falar do assunto. “Quando se tiver todos os materiais necessários, vamos iniciar e não temos previsão. Não vai ser com a reclamação da Luana e do Danilo que vou fazer o trabalho faltando material. Só vamos começar quando tiver tudo que precisa”, afirmou.

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