SEGURANÇA

Prefeito de Candiota decreta Situação de Emergência pela falta de Segurança Pública

Ato ocorreu em virtude dos altos índices de violência registrados no município

Prefeito Adriano, juntamente com os vereadores, entregou o documento na SSP

Prefeito Adriano, juntamente com os vereadores, entregou o documento na SSP Foto: Divulgação TP

Um documento assinado pelo prefeito Adriano dos Santos, no dia 10 de outubro e com prazo de vigência por 180 dias, decreta situação anormal na área de segurança pública caracterizada como Situação de Emergência em Candiota.

O decreto nº 3769 surgiu após uma reunião entre o prefeito e equipe de secretários, visto o município estar apresentando fatos atípicos em razão, principalmente, da falta de efetivo policial, principalmente da Brigada Militar, bem como da Delegacia de Polícia Civil que funciona somente em horário administrativo. “Considerando a carência em todo o Estado do Rio Grande do Sul, e em especial no nosso Município, que dispõe de apenas 11 policiais militares para atender todo o município de Candiota, situação esta que demonstra a existência de apenas 02 policiais militares disponíveis em cada turno, quando o número previsto para o Município de Candiota seria de 29 (vinte e nove) de policiais militares”, diz o decreto.

O documento também faz referência a preocupação com a manutenção das atividades do município, pois haveria risco de fechamento do comércio e empresas em protesto à atual situação da segurança pública, bem como haveria, segundo os argumentos do Executivo, a possibilidade de realização de protestos por parte da população em razão da insatisfação com a falta de segurança pública, ainda mais em um período onde o índice populacional cresceu em virtude das obras da UTE Pampa Sul. “Considerando que a municipalidade precisa buscar medidas preventivas e aporte de recursos das esferas Estadual, se viu obrigada a decidir pela declaração de situação de emergência, em razão de todos os fatos que vêm acontecendo na área de segurança pública no município, e que tem importado em um crescente número de roubos e furtos, assaltos à mão armada, agressões físicas, assassinatos, tráfico de drogas, e outros atos criminosos no território municipal”, diz o decreto.

REUNIÃO COM A SSP – O decreto, juntamente com um relatório contendo informações da situação atual do município foi protocolado junto a Secretaria de segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul durante uma reunião do prefeito Adriano dos Santos, que estava acompanhado do presidente da Câmara de Candiota, Guilherme Barão (PDT) e dos vereadores João Roberto da Silva (PT) e Ataídes da Silva (PT). Em conversa com a reportagem do Tribuna do Pampa (TP), o prefeito de Candiota disse ter reforçado o pedido de um número maior de policiais no município. “Fizemos o decreto para chamar a atenção para a situação de Candiota, que está insuportável. Estamos em situação de calamidade pública, um caos social gerado pela criminalização, falta de efetivo”, afirma o prefeito.

O prefeito reforça o pedido de outros policiais citando a ampliação do prédio da Brigada Militar de Candiota, localizado na Vila Residencial, por meio de uma compensação social e ambiental por parte da Engie, através da obra da UTE Pampa Sul. “É um investimento para o fortalecimento do prédio, para dar maiores condições de segurança para a cidade, mas preciso de um olhar especial dos governos estadual e federal”, expõe Adriano.

Acompanhando o prefeito, o presidente do Legislativo de Candiota, Guilherme Barão reforçou ao TP a insegurança e instabilidade que a população de Candiota vive atualmente em razão do pouco efetivo, tanto da polícia militar como da civil. “Como representantes que somos, devemos buscar alternativas. Hoje Candiota que era uma cidade calma se tornou bastante violenta. Mas estamos otimistas com os resultados da reunião e certamente teremos um reflexo positivo em breve”, afirma Barão.

MINISTÉRIOS – O prefeito Adriano dos Santos informou também ao TP que além da documentação a SSP do Estado, já está agendada para a próxima semana uma viagem a Brasília para a entrega da mesma documentação ao Ministério da Segurança Nacional e ao Ministério dos Direitos Humanos. “Estamos buscando uma solução para o nosso município”, conclui Adriano.

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