Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (6), o prefeito Adriano dos Santos, o secretário de Obras e Serviços Públicos Renato Cunha e o engenheiro da Prefeitura Marcelo Vaz, definiram os últimos ajustes para o lançamento já nesta terça-feira (7) do edital que prevê a contratação de uma empresa para a realização da revitalização dos pontos mais críticos da rodovia Miguel Arlindo Câmara (MAC).
Como é de conhecimento público, a estrada, que é o principal acesso ao município, vive um drama do ponto de vista estrutural. Construída no início da década de 1970 pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), como parte das obras da Fase B da Usina de Candiota (na época ainda pertencente a CEEE), a rodovia neste quase meio século, jamais recebeu uma reforma ou reparo mais consistente. O fato está ligado a uma indefinição quanto a responsabilidade do trecho de 15km, sendo que em 1997, a Usina de Candiota foi repassada pelo Estado à União em troca de dívidas, quando foi criada na época a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) – vinculada ao grupo Eletrobras.
RESPONSABILIDADE – Contudo, em compromisso assumido em campanha eleitoral, o prefeito Adriano teve reforçada pela população a ideia de que algo é preciso ser feito pela MAC, quando por dois anos consecutivos (2017 e 2018), a rodovia foi eleita como segunda demanda geral no Programa de Gestão Participativa (PGP). “Entramos num novo cenário, pois a discussão sempre foi a quem pertence a via, mas neste momento precisamos dar trafegabilidade aos trechos mais críticos da estrada e atender a demanda da Gestão Participativa. Nossa população não pode ficar à mercê de uma indefinição sobre a quem pertence a estrada”, avalia o prefeito.
Ele lembra que o debate sobre a possibilidade de federalização continua vivo, pois tramita no Congresso Nacional uma proposta de alteração no Plano Nacional Viário (PNV) em que a MAC está prevista como trecho federal em função da Usina de Candiota pertencer a União e a estrada dar acesso a ela. “Seguimos nesta luta porque todos sabem que o município sozinho não pode fazer a obra necessária, que é a revitalização total”, lembrou.
A OBRA – A Prefeitura acredita que as empresas que estão na região realizando serviços asfálticos devem apresentar propostas, sendo que inclusive os custos que constam no edital foram feitos com base em médias dos preços praticados regionalmente.
Conforme Adriano, nas obras deverão ser investidos algo em torno de R$ 320 mil, ou seja, além dos R$ 300 mil destinados pelo Gestão Participativa.
Ao todo, serão seis trechos atacados neste momento (ver ilustração), sendo que nestes locais, que totalizam 2,6 mil m² ou 260 metros lineares de estrada, haverá correção de deformações, reperfilamento (nivelamento) e colocação de nova camada asfáltica. Também, em dois locais com paradas de ônibus, será feita essas áreas de escape com asfalto. “Será a primeira vez que a Prefeitura fará investimentos próprios na reconstituição do asfalto da MAC”, assinala Adriano, lembrando que as operações tapa-buracos seguem acontecendo normalmente.
Os técnicos da Secretaria de Obras não quiseram precisar em quanto tempo as obras começam e terminam, pois recém será lançado o edital e vários prazos precisam ser cumpridos, porém prometem a máxima agilidade possível.
OUTROS TRECHOS – Neste edital ainda não constam os trechos em frente a Entel, embaixo das correias de carvão e o trecho passando a Usina até o restaurante Global – todos na Vila Residencial. Conforme o secretário Renatão, há uma negociação em andamento com a CGTEE para que o trecho embaixo das correias seja feito pela Companhia – pois ele foi realizado uma obra da Usina. Os demais devem ficar para 2019, já que outros R$ 200 mil já estão garantidos pelo PGP para a MAC.
Ainda, por fim, Adriano enfatiza que a Prefeitura está estudando investir recursos próprios para ao mínimo, se fazer a pintura central da rodovia, que hoje carece também e muito de sinalização.