Local dos futuros box dos ônibus teve o solo reforçado Foto: Arquivo TP TP
A notificação extrajudicial emitida ao proprietário do trailer Maguilinha e Zilma Lanches, para deixar o local onde está instalado – segundo a prefeitura de forma irregular, sem documentação, de forma fixa e ocupando a via e passeio públicos – em razão do retorno da obra do terminal levou ao Tribuna do Pampa a questionar qual a situação atual da obra.
O projeto, tão sonhado pela comunidade, está pendente há vários anos e continuou na atual gestão. Integrando obrigações da Prefeitura de Hulha Negra como contrapartida, desde então foi realizado o nivelamento da área, colocado o contrapiso e as formas (estrutura em madeira com ferragem), além de feitas a concretagem da laje da viga de respaldo e a laje de cobertura – tudo coordenado pelo autor do projeto original do terminal e secretário de Obras do município no período, Wagner Tavares e equipe do setor de Projetos.
Em razão do município aguardar o valor para conclusão da obra, recentemente também foi realizado o nivelamento e reforço da base do solo na área de box para chegada e saída de ônibus. Em entrevista ao TP, o prefeito Renato Machado explicou que o terreno era considerado ‘falso’ e após passar por análise, recebeu material. “Como também era de responsabilidade da prefeitura como contrapartida a manutenção do solo, achamos por melhor fazer a compactação para evitar problemas futuros que até podem via a ocorrer, mas não por falta de tentativa de correção”, relata o prefeito.
O engenheiro da Prefeitura, Maiquel Duarte, complementou. “Foi retirada a camada vegetal, assim como o solo com baixa capacidade de suporte e substituído por rachão, além da compactação”, explica.
RESTANTE DA OBRA – A reportagem do TP também questionou um possível prazo para reinicio com conclusão da obra. Neste ponto, juntamente com vice-prefeito Igor Canto, Renato lembrou que já há uma empresa vencedora do processo licitatório e contratada para a obra do terminal, a Hendler Construtora, Engenharia e Incorporadora, de Bagé. “A empresa já queria iniciar a obra de conclusão da rodoviária, mas estamos dependendo de uma liberação da Caixa Federal, pois o Ministério do Turismo precisa fazer o repasse do restante do recurso, no valor de R$ 270 mil. Já fizemos enquanto Prefeitura, um depósito de R$ 130 mil e até solicitamos o início da obra para Caixa, dizendo que pagaríamos o valor total de R$ 400 mil, proveniente da emenda parlamentar e depois que o Ministério depositasse, a Caixa ressarcia o município, mas não aceitaram, nos foi negado. Agora só podemos esperar”, afirma Renato.
O gestor disse, porém, estar otimista. “Entrei em contato com o deputado Afonso Hamm (Progressistas) e ele me informou que o recurso chegaria a curto prazo, pois foi tratado diretamente com o ministros da Cidadania, Onyx Lorenzoni e Luis Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente da República Jair Bolsonaro, a solicitação da liberação desse recurso. Estamos esperançosos de que finalmente em breve a obra comece”, manifestou.
PROJETO – O projeto contempla sala de bilheteria, sala de bagagem, setor administrativo, banheiros masculinos e femininos, três salas para estabelecimentos comerciais com vitrines em vidro e praça de alimentação interna com ambiente de mesas, cozinha e dispensa, e área externa, com cobertura. Também contempla o projeto uma área de embarque composta por quatro box para ônibus, cobertos com acesso para o interior do terminal rodoviário.
