MOBILIZAÇÃO

Prefeitura de Piratini e pais de alunos chegam a acordo sobre o transporte escolar

Pais e alunos permaneceram no educandário até receber uma resposta do Executivo

Pais e alunos permaneceram no educandário até receber uma resposta do Executivo Foto: Divulgação TP

A escola Estadual José Zeferino da Silveira, localizada no Assentamento Fortaleza, segundo Distrito de Piratini, foi alvo de uma ocupação na última segunda-feira (25), por parte de pais de alunos da instituição. Eles manifestaram descontentamento com a situação do transporte escolar que há mais de mês causa transtornos na localidade.

Na ocasião, os pais dos alunos convocaram a presença do prefeito Vitor Ivan (Vitão), para se posicionar a respeito da situação, bem como buscar soluções para as crianças que estão perdendo aulas.

Após conversa com os professores e funcionários os pais salientaram que sem a presença de algum responsável da Prefeitura, ninguém sairia da escola. O prefeito Vitão chegou a propor um dialogo a respeito na quarta-feira (27), no entanto, os pais não concordaram e manifestaram o desejo de continuar ocupando o educandário até a chegada de um responsável. Com isso, o vice-prefeito e secretário de Educação Gilson Gomes, acompanhado da responsável pelo transporte escolar Gilneia Souza, se fizeram presentes na escola no ínicio da tarde de segunda e dialogaram com os pais.

O prefeito Vitão salientou a necessidade de sanar o problema, mas admite que é importante que a comunidade entenda que o município está passando por um momento muito difícil e por isso é preciso compreensão. “Entendo a manifestação dos pais, é um direito deles já que enfrentam dificuldades diárias com relação ao ensino de seus filhos. A prefeitura tem o objetivo de sanar esse problema e irá trabalhar forte para que não aconteça mais”, afirma o prefeito.

REIVINDICAÇÕES – No mês de julho os pais dos alunos que residem no Assentamento Fortaleza formaram uma comissão a fim de buscar alternativas junto a Prefeitura para tratar sobre a precariedade das estradas na localidade. Em reunião com o prefeito Vitão os pais receberam a notícia de que o trajeto passaria por melhorias. O trato foi cumprindo, no entanto o tempo instável e o volume de chuvas acumuladas na região não permitiram que o trajeto continuasse transitável.

A Prefeitura já admitiu que as estradas do interior, principalmente em dias de chuvas, é um problema crônico e por isso precisa passar por um planejamento para que então reduza os problemas. No entanto, o problema na localidade não se refere apenas a situação das estradas. Pelo menos 20 alunos do assentamento Fortaleza estão há mais de um mês sem frequentar as aulas. O problema acontece com alunos das escolas José Zeferino, Adão Preto e Vieira da Cunha.

De acordo alguns pais que manifestaram o problema e ocuparam a escola na manhã do dia 25, durante um período sem transporte escolar era preciso caminhar até 4 quilômetros para chegar na parada mais próxima. Os pais também reclamaram da redução da carga horária, que tem início às 8h e precisa terminar às 11h para que o horário coincida com o ônibus que também faz a linha da escola Vieira da Cunha.

Na data da ocupação da escola a diretora também manifestou descontentamento com relação a situação do educandário. De acordo com ela, este é um problema que se alastra há nove anos, sendo necessário em muitos casos, auxiliar os professores a ministrar as aulas já que as turmas foram reduzidas e por isso, se dividem, porém não escondeu que a situação prejudica o aprendizado dos alunos.

POSSÍVEL SOLUÇÃO – Durante conversa com os pais na escola, Gomes se posicionou a respeito do assunto e manifestou o desejo em buscar melhorias para a situação do transporte escolar no assentamento Fortaleza. De acordo com a responsável pelo transporte escolar no município Gilneia Souza, a escola passará a ter aulas no sábado a fim de recuperar os dias de aulas perdidas.

Com relação ao transporte escolar, Gilneia ressaltou que está sendo negociada uma linha exclusiva com uma empresa da cidade de Pedro Osório para os alunos da localidade. “Os professores do educandário irão sair do município com um micro com aproximadamente 15 lugares e, posteriormente, buscarão os alunos que estudam na escola que estão sendo prejudicadas não só pelo transporte escolar, mas também com relação a carga horária que está reduzida em uma hora por dia”, explicou.

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