POLÊMICA

Presidente da Câmara diz que seu irmão não errou no caso da vacina em Candiota

Gildo Feijó disse que o seu irmão Glênio, técnico em enfermagem envolvido no episódio da denúncia, não errou e que ele aplicou a dose

Gildo se pronunciou na tribuna da Câmara nesta segunda (26) Foto: Arquivo TP

Com repercussão estadual, a polêmica do caso da denúncia de uma idosa que não teria sido vacinada em Candiota, chegou à Câmara na sessão desta segunda-feira (26).

O presidente do Legislativo, vereador Gildo Feijó (MDB), revelou publicamente o que já se comentava em todas as rodas de conversa da cidade, que o técnico em enfermagem envolvido no episódio é o seu irmão Glênio Feijó. Ele foi acusado de não aplicar uma dose vacina numa idosa na última quarta-feira (21), na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Residencial. Um vídeo, que circulou nas redes sociais, mostra que o líquido não é injetado no braço da mulher.

Gildo fez a defesa do irmão, dizendo se tratar de um profissional ético, competente, com mais de 35 anos de serviços prestados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Santa Casa de Caridade de Bagé. “Ele não errou. Ele aplicou a dose e quem se baseou pelo vídeo viu que não pegou o início. Portanto, não é verdade. Quem sai atirando pedras aos quatro cantos, para a tristeza de meia dúzia de recalcados, ele não errou e a Justiça vai dizer. Eu quero que ele vá até o fim, eu disse para ele: cabeça erguida, porque tu vai provar tua inocência. E eu também não culpo a família não, que é humilde e de pessoas do bem, pessoas trabalhadeiras e honestas. A senhora envolvida na cena é mãe do meu colega de trabalho, de um amigo pessoal e um cara de fundamento”, salientou.

Gildo disse que seu irmão lhe explicou e que estava falando na tribuna da Câmara, porque achava ser de interesse de todos. “Quando o meu irmão aplicou o aparelho no braço da senhora, o senhor pediu para ele segurar porque ele queria tirar uma foto, e o meu irmão segurou e ainda perguntou, deu? Claro que a pessoa se atrapalhou, e ao invés de tirar foto, filmou. E alegremente publicou no grupo da família, como qualquer um publicaria. Lógico que a pessoa que está do outro lado, ao ver aquela cena, pensou: não vacinou a minha mãe. E é um direito que ela tem, mas ninguém viu o início do vídeo”, alega.

Gildo também agradeceu a solidariedade das pessoas para com o seu irmão. “Eu estou com inveja da boa circulação que ele tem entre os seus colegas, e o que eu recebi de áudios dos colegas que conhecem ele e sabem o ser humano e o profissional que ele é, nunca titubearam e sabiam da lisura e profissionalismo do senhor Glênio Feijó. Cabeça erguida, consciência tranquila e logo ali que se apure tudo. Esse é o nosso pensamento, e não tapamos o sol com a peneira”, afirmou.

Neste momento, uma investigação por meio de uma comissão de sindicância instaurada na Prefeitura, vai apurar o caso. Segundo o site G1, a família da idosa também registrou um boletim de ocorrências na Polícia Civil e denunciou ao Ministério Público.

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