DIA DO AUTOMÓVEL

Proprietários de carros antigos falam sobre a paixão por automóveis

O primeiro automóvel da história possuía três rodas e era movido a vapor, mas a popularização do automóvel aconteceu em 1908, quando Henry Ford desenvolveu o famoso Ford T

Ford T popularizou o automóvel. Era um veículo robusto e considerado de baixo custo na época Foto: Divulgação TP

No dia 13 de maio é comemorado o dia do automóvel, que entre as invenções, sempre terá um lugar de destaque. Se na origem do automóvel estava a vontade de criar um meio de transporte que permitisse à pessoa deslocar-se de forma fácil, rápida e cômoda, hoje o automóvel é muito mais do que isso, pois é encarado como um símbolo de status e estilo de vida do seu proprietário, além de ser um facilitador em todas as áreas pela praticidade de deslocamento.
Porém, apesar de existir atualmente veículos modernos, completos, de várias marcas e modelos, aqueles considerados antigos ainda fazem parte da rotina de muitas pessoas. Apaixonados por modelos que já saíram de linha, surgiram os colecionadores e participantes de clubes de carros antigos.
Como forma de fazer referência a data, o Tribuna do Pampa conversou com dois apaixonados por carros antigos, o bageense Ricardo Almeida, integrante do Clube Clássicos Bagé e o candiotense Paulinho Brum, que também é proprietário da empresa Confraria Automotiva na Capital Nacional do Carvão (matérias distintas). Antes, algumas curiosidades sobre o surgimento do automóvel.

Veículo de três rodas foi o primeiro fabricado Foto: Divulgação TP

HISTÓRIA – Segundo pesquisa do TP na Wikipédia e Ford, o primeiro automóvel da história foi um veículo construído por Joseph Cugnot, em 1771 com três rodas e movido a vapor, podendo chegar a velocidade de 3,5 km/h. Em 1862, Étienne Lenoir desenvolveu o primeiro motor de combustão interna, utilizando gás. Seguindo essa sequência de sucessos nos experimentos, os alemães Karl Benz e Gottlieb Daimler construíram, em 1889, aquele que é considerado o primeiro carro moderno: um automóvel movido a gasolina, já preparado para ser comercializado.
A popularização do automóvel aconteceu em 1908, quando o norte-americano Henry Ford desenvolveu o famoso Ford T, chamado de “Fordinho”, que apresentava um custo muito mais reduzido, devido à concepção da linha de montagem idealizada por Ford. Em cinco anos foram vendidas 250 mil unidades, mais do que todos os carros que circulavam antes da sua invenção. Foi esse o modelo que serviu de base à criação dos atuais automóveis.
Era um veículo confiável, robusto, seguro e simples de dirigir, sem precisar de motorista ou mecânico para conserto. Como curiosidade relevante, eram utilizadas as caixas do transporte do próprio automóvel para fabricar seu assoalho, feito de madeira e chapas de aço. A fabricação ganhou notável incremento a partir de 1913, quando Henry Ford, inspirado nos processos produtivos dos revólveres Colt e das máquinas de costura Singer implantou a linha de montagem e a produção em série, revolucionando o setor. O Modelo T foi eleito o “Carro do Século” pela Global Automotive Elections Foundation no ano 2000, por um júri de 132 jornalistas de 33 países.
Costuma-se atribuir ao alemão Carl Benz o título de “Pai do automóvel”, já que foi o responsável pelo Benz, o primeiro automóvel, em 1885. Só que o Benz ainda era bem diferente dos carros de hoje: possuía três rodas e andava a 13 km/h – o que era considerado muito ousado na época. O primeiro automóvel com quatro rodas foi lançado pelo também alemão Gottlieb Daimler, que também lançou o primeiro Mercedes, na Alemanha, em 1901. Isto foi dois anos depois de ser introduzido o acelerador de pé. Também neste ano foi produzido o primeiro automóvel por David Buick. A partir da Buick Motor Car nasceu a General Motors, em 1908, que fabricou famosos automóveis das marcas Cadillac, Oldsmobile e Chevrolet. A fábrica Dodge surgiu em 1914 e depois, em 1928, foi incorporada à Chrysler.
No Brasil, a história apresenta algumas curiosidades e momentos pitorescos. Em 1893, as pessoas se comprimiam na rua Direita, em São Paulo, para ver de perto Henrique Santos Dumont, irmão do Pai da Aviação, “pilotando” seu carro aberto, movido a vapor, com capacidade para dois passageiros e possuía rodas de borracha. Em 1897, no Rio de Janeiro, o povo se surpreendeu com o primeiro automóvel da cidade, cujo dono era José do Patrocínio, o famoso Tigre da Abolição, que dirigia seu veículo a vapor importado da França. Em 1956, Juscelino Kubitschek implantou a indústria automotiva no Brasil, mediante a criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia), fato que concorreu para o desenvolvimento industrial do país e crescimento e fortalecimento dos sindicatos de classes.

Comentários do Facebook