CORONAVÍRUS

Região de Bagé tem bandeira preta na primeira preliminar de 2021

O risco altíssimo em Bagé é resultado da combinação entre a piora no número de leitos livres/pacientes Covid na macrorregião Sul e o fato de a região apresentar bandeira preta no indicador de hospitalizações para cada 100 mil habitantes Foto: Divulgação TP

O primeiro mapa preliminar do Distanciamento Controlado de 2021 traz, novamente, a classificação de risco altíssimo ao Rio Grande do Sul. No mapa desta 35ª rodada, publicado nesta sexta-feira (1°/1), a região Covid de Bagé retorna à bandeira preta, depois de duas rodadas em bandeiras mais leves (vermelha e laranja, respectivamente).

O risco altíssimo em Bagé é resultado da combinação entre a piora no número de leitos livres/pacientes Covid na macrorregião Sul e o fato de a região apresentar bandeira preta no indicador de hospitalizações para cada 100 mil habitantes. Isso culminou no acionamento da nova regra do Distanciamento Controlado: a salvaguarda de bandeiras vermelha e preta, quando uma região registra muitas hospitalizações novas de pacientes com Covid-19 e, ao mesmo tempo, possui baixa capacidade hospitalar na macrorregião. Confira, logo abaixo, a explicação completa sobre a nova regra.

A situação do Estado perante o coronavírus ainda requer muita atenção. São 13 as regiões em bandeira vermelha (risco epidemiológico alto). Em bandeira laranja, que representa risco médio, estão sete regiões – Santa Maria, Uruguaiana, Taquara, Novo Hamburgo, Guaíba, Cruz Alta e Erechim. As duas que não aderiram ao sistema de cogestão – Guaíba e Uruguaiana – estão em bandeira laranja nesta rodada.

Para o total do Rio Grande do Sul, houve redução no número de confirmados em leitos clínicos (-14%) e em UTI (-2%). Já os óbitos apresentaram elevação de 3% (de 456 para 469).

Contabilizando os pacientes internados por outras causas, nesta semana, houve novamente estabilidade no número de leitos de UTI ocupados. Com a abertura de leitos e a redução dos confirmados com Covid-19 em UTI, houve elevação na razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19 para 0,55.

Vale um alerta para a região de Santa Cruz do Sul, que apresentou elevado crescimento em novos registros de hospitalizações entre a 34ª e a 35ª semana – de 23 para 38, um aumento de 65,2%.

SALVAGUARDAS – A partir desta semana, o Distanciamento Controlado utiliza uma nova regra que garante bandeiras de risco alto e altíssimo (vermelha e preta) quando a região tem elevada quantidade de novas hospitalizações de pacientes confirmados com Covid-19 (conforme a região de residência do paciente) e, ao mesmo tempo, está inserida em uma macrorregião com baixa capacidade hospitalar.

Esse refinamento no modelo é necessário pois, quando a capacidade hospitalar está próxima do limite, os indicadores de “velocidade do avanço” e de “variação da capacidade de atendimento” se tornam prejudicados – uma vez que, mesmo havendo demanda por leitos, eles podem não ser preenchidos devido à lotação das áreas Covid dos hospitais. Esse aprimoramento visa melhor refletir e evitar o esgotamento de leitos.

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