Na última semana, o TP realizou um estudo que computou os casos de Covid-19 em todos os municípios da região. O período estudado foi de 23de julho a 5 de agosto. A ideia foi mostrar para as comunidades a métrica da média móvel de casos, que tem se revelado até o momento a melhor maneira de ilustrar a evolução da pandemia, seja num país, estado ou município.
O cálculo é simples e é feito a partir da soma do número de casos ou de óbitos de um determinado local, nos últimos 14 dias (que é o período de incubação do novo coronavírus no corpo humano). Para se obter a média móvel, basta dividir o total da soma por 14. Também tem se dividido por 7 (semana) para se ter uma ideia da evolução de uma semana para outra.
Nesta semana, novamente fizemos o exercício, somando os casos no período de 30 de julho a 12 de agosto, o que fecha os 14 dias. Na última edição, por um lapso, algumas médias foram divulgadas de forma equivocada porque a divisão foi feita por 21 e não por 14, fato que corrigimos agora. De qualquer modo, o cálculo errado não influenciou na percepção do comportamento do contágio em cada localidade. Os municípios pesquisados são onde o jornal possui circulação impressa.
BAGÉ – Por ser a maior cidade da região, por óbvio que os números são bem mais expressivos. Nos últimos 14 dias pesquisados, Bagé computou 127 casos novos de Covid-19, perfazendo uma média móvel de 9 casos por dia.Comparada aos 14 dias anteriores (23 de julho a 5 de agosto), houve queda, quando a média móvel era de 10,6 casos/dia. Contudo, se pegarmos a chamada média móvel curtados últimos7 dias (6 de agosto a 12 de agosto), há indicação de ligeira alta no contágio, com 11 casos/dia (77 casos confirmados no período). Também no período analisado, Bagé registrou um óbito, no dia 8 de agosto.
Na métrica de prevalência de casos para cada 100 mil habitantes (soma do número total de casos multiplicada por 100 mil e dividida pela população), Bagé segue ocupando o segundo lugar nos municípios analisados, com índice de 377,2 casos/100 mil hab. (ligeira alta em relação a semana passada).
CANDIOTA – O número de casos de Candiota teve queda se comparado com 14 dias anteriores. No período incidiu 23 casos novos contra 29 de antes. Na média móvel dos 14 dias analisados agora, a cidade baixou de 2 para1,1 casos diários e na curta (7 dias), a média tem ligeira altapassando para 1,6 caso/dia. No período, Candiota notificou a primeira morte, que ocorreu na sexta-feira (7), porém só entrou nas estatísticas nesta quarta-feira (12).
No índice de casos para 100 mil habitantes, Candiota segue ocupando o topo na região, com 615,6 casos/100 mil hab.
HULHA NEGRA – Hulha Negra segue tendo a menor média móvel de casos na região. Nos últimos 14 dias pesquisados houve ligeira alta, com 7 novos casos, ficando a média móvel em 0,5 casos/dia (no período anterior foi de 0,3). Na última semana a média móvel teve pequena queda, com 0,4 casos/dia.
Para cada 100 mil habitantes, Hulha fica abaixo apenas de Pinheiro Machado, com índice de 309,9 casos/100 mil hab.
PINHEIRO MACHADO – Apesar de ter registrado as duas primeiras mortes no período (em 7 e 11 de agosto), nos 14 dias pesquisados agora, Pinheiro Machado se mantém rigorosamente estável, com média móvel de 1 casos/dia, tendo confirmado 14 casos no intervalo. Já na média móvel de uma semana (6 de agosto a 12 de agosto), houve queda, com0,7 casos/dia.
Para cada 100 mil habitantes, Pinheiro Machado é que tem o menor índice com 228,2 casos/100 mil hab.
PEDRAS ALTAS – Infelizmente, no último dia 10 de agosto, Pedras Altas confirmou seu primeiro caso de Covid-19 e saiu do seleto grupo de municípios brasileiros que estão ainda livres da doença. Com este único caso, a média móvel pedrasaltense é de apenas 0,07 no período de 14 dias. O índice sobe na análise da última semana, porque ao caso foi notificado no dia 10, indo para 0,14/casos dia.
