O Estado gaúcho começou a se reerguer após um mês de chuvas intensas que causaram enchentes, destruição e resultou em milhares de famílias desabrigas. Nesta matéria, você pode acompanhar algumas atividades que estão retomando, medidas do Governo Estadual, número atualizado de municípios atingidos, entre outras informações de forma resumida.
MUNICÍPIO MAIS ATINGIDO
O Governo do RS começou a instalar na quarta-feira (5), um gabinete na cidade de El Dorado do Sul que foi considerada a mais afetada do RS, tendo 80,8% dos domicílios atingidos pela enchente, segundo informado. A iniciativa foi anunciada pelo vice-governador Gabriel Souza, em uma reunião com representantes da Prefeitura e empresários, e o foco da medida será no apoio às ações de reconstrução do município.
“Entendemos a importância do trabalho em conjunto para reconstruir a cidade, em parceria com o poder público municipal, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada. Por isso, determinamos que parte das equipes do Estado atuem in loco para reforçar as ações de restauração e restabelecimento dos serviços públicos e apoiar o município no que for preciso”, ressaltou o vice-governador.
APOIO NA SAÚDE
Ainda nesta semana, também foi divulgado que o Governo Estadual por meio da Secretaria de Saúde (SES), fará um investimento de R$ 791 mil em dois hospitais de pequeno porte localizados em Cruzeiro do Sul e Dois Lajeados. “O objetivo é recuperar, reformar, ampliar e adquirir equipamentos, conforme as necessidades locais”, consta na matéria divulgada.
O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite, e pela secretária de Saúde, Arita Bergmann, em uma coletiva de imprensa. Na oportunidade, também foi anunciado o total de R$ 36, 6 milhões para municípios e outros hospitais.
METADE DO 13º
Nesta sexta-feira (7), o governo gaúcho deve depositar metade do 13º salário para servidores públicos estaduais, em razão da crise vivida pela população em decorrência das chuvas no mês de maio. Cerca de R$ 900 milhões serão destinados aos servidores ativos, inativos e pensionistas do Poder Executivo, ultrapassando mais de 350 mil vínculos.
“Muitos servidores também foram atingidos, assim como boa parte da população gaúcha. Essa antecipação é uma forma de dar condição àqueles que foram mais afetados, seja por terem suas próprias residências alcançadas ou por ajudarem familiares e amigos, acolhendo e se mobilizando em favor dessas pessoas”, declarou Eduardo Leite.
RETORNO DA RODOVIÁRIA
Também para esta sexta-feira, a Estação Rodoviária de Porto Alegre voltará a funcionar, após ficar um mês fechada. A primeira viagem está marcada para partir às 7h, para Capão da Canoa. Para o retorno dos trabalhos, será necessário que a Prefeitura da cidade libere o acesso para a estação, retirando a estrutura do corredor humanitário provisório.
A retomada se dará com 52 linhas intermunicipais de 15 empresas, e as viagens interestaduais continuarão partindo da Rodoviária de Osório, no Litoral Norte. Com o recomeço, o Terminal Antônio de Carvalho, que fica no bairro Agronomia, será desativado. “Trabalhamos muito para que a Estação Rodoviária voltasse a funcionar o mais rapidamente possível, restabelecendo importantes conexões para o deslocamento de passageiros.”, destacou o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella.
BOLETIM
Municípios afetados: 476
Pessoas em abrigos: 30 mil 442
Desalojados: 572 mil 781
Afetados: 2 milhões 392 mil 686
Feridos: 806
Desaparecidos: 41
Óbitos confirmados: 172
Pessoas resgatadas: 77 mil 875
Animais resgatados: 12 mil 543.
*Atualizado em 5 de junho às 9h
Em Brasília, governador articula medidas de apoio à reconstrução do RS
Com foco em duas medidas prioritárias de manutenção de empregos e de recomposição de receitas, o governador Eduardo Leite esteve em Brasília para uma série de compromissos ao longo desta quarta-feira (5). Leite levou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, um ofício com dois pedidos urgentes do Rio Grande do Sul.
O primeiro é em relação à criação de programa emergencial para manutenção de empregos e renda: apoio a empresas no pagamento da folha para evitar demissões, e o segundo sobre a recomposição das perdas do Estado e dos municípios com a queda da arrecadação após a tragédia.
“O governo e as prefeituras vão sofrer, como já sofreram em maio, junho, julho e nos próximos meses, uma queda muito forte da arrecadação, o que prejudicará a prestação de serviços à população. Estamos falando de algo entre R$ 6 bilhões e R$ 10 bilhões até o final deste ano. Temos dialogado e trabalhado em conjunto com a União e os municípios para dar a resposta que o povo gaúcho merece. Confiamos que essas demandas, cruciais para o atendimento da população e manutenção de empregos, deverão receber a devida atenção do governo e do Congresso”, afirmou Leite.
Além dos compromissos para tratar dessas duas questões, o governador participou da cerimônia alusiva ao Dia do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, onde encontrou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Também se reuniu com a secretária de Mudanças do Clima, Ana Toni.
O governador iria retornar ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira pela manhã para dar sequência a sua agenda.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*