CORONAVÍRUS

Risco de contágio e aumento do número de mortes deixa região em alerta

Até as 23h59 da próxima segunda-feira (20) conti­nua valendo a atual classi­ficação do mapa da décima rodada do modelo de Distanciamento Controlado do governo do Estado para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. Atualmente, 10 regiões do Rio Grande do Sul estão em bandeira vermelha (alto risco epidemiológico) e as outras 10 com laranja (risco médio). Na região 21, de Pelotas, consta os municípios de Pedras Altas e Pinheiro Machado (alto risco); na região 22, além de Bagé, Candio­ta e Hulha Negra (médio risco) da cobertura do TP impresso.

O governador Eduardo Leite, em transmissão ao vivo pelas redes sociais no início da semana, lembrou que o governo do Estado, desde a implantação do Distanciamento Controlado, trabalha para equilibrar a pro­teção à vida e à saúde dos gaú­chos e preservar ao máximo os empregos e a qualidade de vida da população. “Não há solução fácil, e temos sido pressionados de todos os lados por aqueles que acham que devemos fechar tudo e por aqueles que acham que de­vemos abrir tudo. Optamos pelo caminho de ponderação e temos segurança, e nossos números comprovam que o Estado poupa vidas e poupa ao máximo os gaú­chos do desemprego, conciliando as duas frentes”, alertou Leite.

Ao responder questiona­mentos da imprensa, o governa­dor ainda falou sobre a possibili­dade de o Rio Grande do Sul ado­tar lockdown (fechamento total), algo que vem sendo requisitado e rejeitado por diferentes seto­res, por diferentes motivos. “Só partimos para medidas mais res­tritivas à circulação de pessoas quando isso se apresentar como inevitável, mas não deixamos ou deixaremos de tomá-las quando se fizerem necessárias. Não temos medo de optar pelo lockdown, mas não o faremos, visto que es­taríamos impondo um sacrifício maior do que o necessário aos gaúchos e gaúchas, que perderão muito se chegarmos a esse pon­to”, afirmou Leite.

REGIÃO 21 Além da classifica­ção das bandeiras e o consequen­te endurecimento dos decretos para atividades econômicas, o que assusta é o número de mor­tes aumentando na região. E é preciso ter consciência de que não são apenas números. Até o início da tarde desta quinta-feira (16), Pelotas e Rio Grande soma­vam 40 vidas perdidas em razão da Covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus. Ambos municípios são as referências hospitalares para Pedras Altas e Pinheiro Machado. A necessi­dade do aumento do número de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e a dificuldade para aquisição dos medicamentos do chamado “kit intubação” são preocupações constantes das au­toridades. Esses dois fatores têm sido cruciais para, independente do número de casos confirmados da doença, a bandeira vermelha seja respeitada pelos demais gestores.

REGIÃO 22 Enquanto isso, Bagé, que logo no início da pandemia teve os profissionais da linha de frente atingidos, agora tem outro grande desafio: conscientizar a população para a necessidade de cada um fazer a sua parte. Uma contaminação em massa foi gerada pela realização de dois eventos (proibidos diante da atual realidade). O Executivo endureceu os decretos, fechou praças e diariamente alerta para os riscos de um novo fechamento das atividades econômicas. De acordo com o modelo de Distanciamento Controlado, quanto mais contami­nações e internações hospitalares, maior a necessidade de manter a população afastada das ruas e de possíveis aglomerações. No do­mingo (12), a Rainha da Fronteira registrou sua primeira morte em razão do coronavírus. A situação da paciente, de 48 anos, foi agra­vada por também estar tratando um câncer. A situação de Candiota e Hulha Negra, apesar de contro­lada, também fica afetada porque o modelo do Estado contabiliza os dados da região como um todo.

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