SAÚDE

Secretários da região pontuam como irão dar continuidade ao trabalho com a Covid-19

Agora, os profissionais conseguem respirar tranquilamente Foto: Sabrina Monteiro TP

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o fim da emergência sanitária declarada para Covid-19, que perdurou por mais de três anos e levou a vida de milhares de pessoas no Brasil e no mundo inteiro. Mesmo com o anúncio, o coronavírus não deixará de existir, a prova disso é que ainda há pessoas infectadas, a maioria sem gravidade, mas ainda assim possuem o vírus no corpo.
Para entender o plano de continuidade que cada município irá seguir, o jornal Tribuna do Pampa conversou com os secretários de Saúde de Hulha Negra, Candiota, Pinheiro Machado e Pedras Altas. Além disso, também foram contatadas a pneumologista de Bagé, Flávia Marzola Silveira, e a clínico geral de Candiota, Lidiane Klauck.
PANDEMIA – Durante todo o período de pandemia, sendo ele crítico ou mais leve, a médica  Flávia sempre esteve na linha de frente da Saúde. Convivendo com pessoas infectadas, em situações tranquilas ou assustadoras, foi ela que vivenciou momentos lamentáveis na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Caridade de Bagé. Para saber sobre sua experiência, a reportagem questionou como foi este período que parecia interminável.
Desde 2020 até 2022, Flávia afirmou que foram fases completamente diferentes. Segundo ela, com o acesso rápido à informação pela internet, o trabalho ficou mais difícil. “Então houve esse primeiro momento de muitos desencontros, de todo mundo correndo e colocando informações nas redes”, pontuou. Além disso, a médica citou a chegada da primeira cepa, que logo em seguida teve mutação, uma das piores fases encaradas. “Foi onde a gente viu os piores casos”, relembrou. Em alguns momentos críticos da pandemia, a médica contou que de 16 leitos da UTI, 14 estavam ocupados por pacientes em estado grave necessitando de ventilação mecânica. “Esse foi sem dúvidas o pior momento, tivemos a falta de oxigênio e de aparelhos concentradores”, lamentou.
Ao finalizar, a médica enfatizou que os profissionais só conseguiram respirar com a chegada das vacinas. “Precisamos de investimentos em trabalhos científicos, e evoluir com o que passou”, encerrou.
AÇÕES NOS MUNICÍPIOS – O TP conversou com os secretários de cada município, que relataram de que forma será o sistema em cada cidade a partir do fim da emergência sanitária.
O secretário de Saúde de Hulha Negra, Volney Jorge, afirmou que o município continuará dando uma atenção especial para o controle de possíveis casos positivos. Além disso, a cidade contará com três dias da semana dedicados à Covid-19, sendo nas segundas, quartas e sextas-feiras na parte da tarde.
Já em Candiota, o secretário responsável Fabrício Moraes, informou que toda Unidade Básica de Saúde (UBS), conta com testes para a identificação do vírus, mesmo após o fechamento do Comitê de Operações Emergenciais (COE). A clínico geral Lidiane Klauck, alertou que a emergência de saúde pública é o alerta máximo da OMS, que é acionado quando uma determinada situação pode gerar um risco de saúde internacional. “Mas esse status retirado não significa que a pandemia acabou, mas já é um passo importante para que ocorra”, assinalou.   “Devemos manter os hábitos que tínhamos durante a pandemia, como lavagem das mãos, uso de álcool em gel e usar máscara quando apresentar sintomas gripais e precisar  procurar a unidade de saúde, ou precisar ter contato com outras pessoas. Além de também a vacinação em dia”, concluiu.
Em Pedras Altas, o secretário Celso Caetano disse que a estratégia inicial será as notas técnicas, com monitoramento rigoroso. Segundo ele, esta proposta sempre deu certo no município e por isso seguirão na mesma linha. “Tanto deu certo que fomos o município com menor índice de infecção e de óbitos na região”, afirmou.
O responsável pela pasta em Pinheiro Machado, Diego Moreira, mencionou que o município permanece focado na imunização e conscientização da população, principalmente com a importância de manter a carteira de vacinas em dia.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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