PARA O MUNDO

Trabalho do candiotense Letiére Navarrina e equipe estão chamando a atenção de artistas nacionais

Recentemente ele divulgou materiais feitos para os cantores, Thiaguinho e Luísa Sonza

Para o mundo! Este é o modo que o jornal Tribuna do Pampa faz referência aos moradores da região que de alguma maneira se destacam e saem por esse mundão afora levando o nome de suas cidades, e que demonstram orgulho de suas raízes. A matéria desta edição é um ótimo exemplo, pois o candiotense Letiére Navarrina, juntamente com sua equipe, está se aventurando em novos trabalhos com artistas reconhecidos nacional e até internacionalmente, mas sempre ressaltando o nome de Candiota e sua maior riqueza, o carvão mineral.

Nas últimas semanas do mês de outubro, Letiére rompeu barreiras, e  na capital do Estado, fez o seu trabalho para um dos maiores sucessos da atualidade, Luísa Sonza. Ambos, cada um em sua profissão, dividem pelo menos duas coisas em comum, são de cidades gaúchas e pequenas. Ela de Tuparendi, que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totalizou pouco mais de 8,3 mil habitantes em 2022, e ele de Candiota, município com cerca de 10,7 mil habitantes.

 

NOVOS TRABALHOS E RECONHECIMENTO

O Navarra, modo que carinhosamente é chamado pela dupla gaúcha, César Oliveira e Rogério Melo, com quem trabalha desde 2023, disse que está sendo uma experiência muito valiosa e surreal, tanto para ele quanto para sua equipe que é formada por jovens. Na oportunidade, ele contou como foi a experiência em poder fazer trabalhos para os cantores, Thiaguinho e Luísa Sonza.

Cantor Thiaguinho também contratou trabalho do candiotense Foto: Divulgação TP

Segundo mencionou Letiére, trabalhar com a maior dupla do sul, César e Rogério, acabou voltando muitos olhos para o seu trabalho, afirmando que essas novas oportunidades só estão aparecendo graças ao trabalho feito juntamente com eles. Citando Thiaguinho, ele contou que encontrou o artista em um show da dupla, onde fariam a apresentação no mesmo palco e acabou recebendo o convite na hora. “Era para fazer algum registro que outro para o arquivo pessoal dele, mas também era uma ótima oportunidade de me testar e ver se meu trabalho era digno de um artista em escala nacional aprovar. Entreguei um Aftermovie (vídeo pós-evento) e pra minha surpresa ele gostou demais a ponto de postar no feed”, compartilhou o profissional.

Já com Luísa, o contato foi bem diferente. Letiére disse que estava no campo Tarumã, na sede de Candiota, aproveitando o fim de tarde com a esposa e os filhos, brincando com um aviãozinho, quando foi surpreendido por uma notificação em seu celular. “Era a própria produção da Luísa Sonza perguntando se eu estava disponível para o dia. Nesse momento eu saí pulando e a família sem entender nada e rindo. Eu disse, é a Luísa, a Luísa Sonza quer me contratar. Daí o resto é o que tá na rede dela”.

Navarrina fez trabalhos para a artista Luísa Sonza Foto: Divulgação TP

Em seu Instagram, ele postou o material produzido para a cantora e escreveu, “um dia você compra uma câmera sem saber como liga-lá. 12 anos depois seu telefone toca e é a equipe de simplesmente Luísa Sonza.” Sobre essa citação, o profissional confirmou que realmente comprou sua primeira câmera sem ao menos saber ligar, comentando que o caminho nem sempre foi fácil, e que desistir sempre esteve muito presente em seu dia-dia. Quando começou a trabalhar com esse mundo, Letiére mencionou que tudo era mato, sem ter como recorrer a cursos ou vídeo-aula, além de não estar geograficamente bem localizado para o ramo que escolheu. “Se não fosse a minha esposa, Julia, que sempre me coloca na realidade e destrói com minhas inseguranças. Meus véios, Nelson e Cleusa, que foram uma base inabalável sempre, e meus filhos que me acham um super herói, não seria possível mesmo”, disse ele.

Começando inexperiente com um vídeo de retrospectiva que preparou para o aniversário de primeiro ano da filha, foi a partir daí que o candiotense criou coragem e teve incentivo para seguir um novo rumo. Decidiu que não queria mais trabalhar como CLT, pediu demissão, convenceu o antigo sócio Maico Navarrina, e com o dinheiro da rescisão comprou a primeira câmera, aquela mesma que há pouco mais de uma década não sabia ao menos ligar, e que hoje está fazendo com que seu nome alcance cada vez mais espaço pelo país.

Para o candiotense, a realidade de hoje sempre pareceu muito distante, furar a bolha e sair para o mundo não foi algo simples, mas segundo Navarrina, é possível se existir pessoas que acreditem no seu trabalho antes mesmo de começar, o que acaba gerando combustível para acontecer. “Eu amo muito Candiota, já tive muitas oportunidades de ir para grandes centros onde meu trabalho seria mais facilmente vendido, mas não consigo sair desse chão. É meu lar. Eu faço questão de dizer de onde eu venho, questão de falar do nosso carvão. De fato eu me orgulho de onde sou e levo comigo sempre”, expressou, dizendo que ainda tem muita coisa chegando por aí, grandes projetos já fechados e surpresas. “Vamos arriscar em um novo nicho dentro do audiovisual. Agradeço ao TP, por sempre apoiar esses candiotenses, vocês são um reconhecimento gigante do nosso trabalho. Seguimos”, finalizou.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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