Três Toques – 25 a 28/AGO/2023

OH TEMPERA OH MORES

O célebre senador romano Cícero, já indignado com os desmandos do governo e com a corrupção que movia a política romana, num momento de desespero, pronunciou esta frase que numa tradução livre significa “que tempos, que costumes.”

No Brasil de hoje temos que nos indignar com a situação da política e gritarmos “quê que é isso!”, basta! Os sentimentos mais vis como vingança, vaidade e presunção já são explícitos. São exibidos com orgulho para a torcida vibrar.

A vingança é o pior mal para o país. Há que construir! O PAÍS tem que andar, produzir com qualidade e abundância para todos. O ódio não constrói. A vingança não pode ser plataforma política. Puna-se os malfeitos, condene-se os culpados, mas temos que ir em frente. O país precisa andar e produzir bem-estar e riqueza.

Temos muito que andar. Temos muito a fazer. Temos muita gente com fome, desempregados. Governo e Congresso têm que se alinhar e produzir paz e progresso para todos.

 

OH COSTUMES

Os mais antigos como eu, sabem que nossos pais formavam famílias numerosas, com muitos filhos. Um vizinho nosso teve 23 filhos, 18 com a primeira esposa, e 5 com a nova, depois que ficou viúvo.

As famílias tinham um só cachorro e um gato.

Os pais amavam seus filhos, mesmo na pobreza, dando a eles carinho e atenção. Ensinavam bons modos e bons costumes, para que ninguém se desgarrasse.

Os costumes agora mudaram. Um cãozinho, peludinho vale tanto quanto um filho. Perfumados, cheios de fitas, são beijados tanto quanto um filho.

Há uma troca de valores. Filho não é castigo! Ele vem com defeito, que ele fala, ele chora e precisa ser cuidado. Ele precisa de amor. Atenção!

Há coisas que têm preço e coisas que têm valor. Os filhos têm valor e não têm preço. Filhos não se compra e não se vende. Os animas têm preço. Tu compras um cãozinho, um boi, um gato. É só acertar o preço.

O filho bem amado e cuidado é benção. Não vai deixar os pais desassistidos, nunca.

Não me tomes por inimigo dos pets, etc. Tenho animais e os amo. Só que os amo como animais. Dou-lhes atenção e tudo mais. Amor, dou à família. Aos amigos.

Ah! Os costumes.

 

INVERNO

(…) têm dias em que a gente se sente, como quem partiu ou morreu. (Chico Buarque)

Amanhã é outro dia!

Levanta, sacode a poeira,

Dá a volta por cima. (idem)

Bons tempos, bons costumes.

 

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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