
As crianças fazem parte do público-alvo da campanha Foto: Divulgação TP
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe entrou em nova etapa nesta segunda-feira (22) em todo o país. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), já podem receber a imunização pessoas com mais de 60 anos, profissionais da saúde, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais e professores da rede pública e privada. Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade também fazem parte do público-alvo da campanha.
A primeira fase, que teve início em 10 de abril, vacinou crianças, gestantes e puérperas. As vacinas podem ser garantidas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e outros pontos de vacinação da rede pública. A imunização, totalmente gratuita, se dá contra os vírus H1N1, H3N2 e Influenza B.
CONTRA A GRIPE – O TP conversou com a vacinadora Cláudia Pereira, que atua no município de Candiota, para entender mais sobre a importância da campanha. “É interessante lembrar que a vacina não foca evitar só a propagação do vírus da Influenza, mas sim casos de óbitos nos grupos prioritários, por isso, a população deve procurar os Postos de Saúde para a imunização. Ela é produzida por vírus inativados (mortos e fracionados) e não existe, portanto, o risco de se adquirir gripe por meio da vacina – que começa a agir a partir de 15 dias e tem duração de cerca de um ano”, explicou.
Segundo a profissional, além de aconselhar o público-alvo a fazer a vacina, o alerta vai também para a forma de transmissão da gripe – que se dá de uma pessoa para outra, pelo contato com secreções respiratórias, partículas de saliva, tosse ou espirro. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), também é possível a transmissão pelo contato com superfícies contaminadas. “É preciso que a população fique atenta aos outros métodos de prevenção como lavar bem as mãos com água e sabão e utilizar álcool gel com frequência, evite colocar as mãos nos olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal, cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar, utilizar copo ou garrafa plástica de uso pessoal, fazer uso de lenço descartável para limpar secreções nasais e orais das crianças e evitar sair de casa se estiver doente, principalmente para locais com aglomeração”, pontuou.
BAIXA PROCURA – Conforme dados divulgados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), entre os municípios de cobertura do TP impresso a procura pela vacina foi bastante baixa e, por isso, já houve antecipação desta segunda fase para atingir os outros públicos. Em Candiota, até a última quinta-feira (18), 237 pessoas foram vacinadas (162 crianças, 42 trabalhadores da saúde, 28 gestantes e cinco puérperas). Hulha Negra, com registros atualizados ainda na segunda-feira anterior (15), 238 receberam a dose da vacina (72 crianças, 10 gestantes, uma puérpera e 155 idosos). Pedras Altas, com atualização de dados computados até este domingo (21), 155 pessoas procuraram os Postos de Saúde (39 crianças, 18 trabalhadores de saúde, oito gestantes e 89 idosos). Em Pinheiro Machado, até a última quarta-feira (17), apenas 53 pessoas foram imunizadas (15 crianças, seis trabalhadores da saúde, quatro gestantes e 24 idosos).
SAIBA MAIS – A Influenza é uma doença sazonal, mais comum no inverno, que causa epidemias anuais, sendo que há anos com maior ou menor intensidade de circulação desse tipo de vírus e, consequentemente, maior ou menor número de casos e mortes. No Brasil, devido a diferenças climáticas e geográficas, podem ocorrer diferentes intensidades de sazonalidade em diferentes períodos nas unidades federadas. Até o fim de março, antes do lançamento da campanha, foram registrados 255 casos da doença em todo o país, com 55 mortes. Até o momento, o subtipo predominante no país é Influenza A H1N1, com 162 casos e 41 óbitos.