INFRAESTRUTRURA

Vice-presidente da República recebe Bancada Gaúcha para debater Rodovia Transcampesina

O encontro foi articulado pelo coordenador da Bancada Gaúcha no Congresso Nacional, deputado federal Dionilso Marcon (PT).

Encontro com o vice-presidente da República ocorreu esta manhã Foto: ASCOM Vice-Presidência da República/Especial TP

A assessoria do deputado federal Dionilso Marcon (PT), que atualmente é o coordenador da Bancada Gaúcha no Congresso Nacional, comunicou o TP, que na manhã desta terça-feira (16), a Bancada Gaúcha no Congresso Nacional realizou uma audiência com o vice-presidente da República Geraldo Alckmin para tratar sobre a Rodovia Transcampesina e os recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM).

A Rodovia Transcampesina é um projeto de estrada internacional, com aproximadamente 170 km, que conecta cinco municípios da região: Aceguá, Hulha Negra, Candiota, Pedras Altas e Herval. Todos os municípios fazem parte do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja).

O deputado Marcon relembra que esta pauta já é uma discussão antiga. “É um projeto de extrema relevância para o desenvolvimento econômico e social da região, estado, para o país e a integração sul-americana. Estamos articulando a Transcampesina há mais de 10 anos enquanto Bancada Gaúcha no Congresso Federal, junto com os municípios do Cideja”, disse, acrescentando que a reunião foi de extrema importância para a apresentação do projeto. O projeto fortalece não só a região Sul do Estado, como também a relação entre os países do Mercosul, gerando empregos com foco no desenvolvimento social e econômico dos municípios em que a rodovia atravessa”, arrematou Marcon.

Representante da região e membro do Parlamento do Mercosul, que pautou sobre o fundo, o deputado Afonso Hamm (Progressistas), por meio de sua assessoria, destacou a importância da liberação de recursos. “Ela vai melhorar o escoamento da produção e também para impulsionar o desenvolvimento econômico, social e turístico da região, além da integração entre os países”, disse.

A reunião foi avaliada como muito positiva e o retorno do vice-presidente Geraldo Alckmin da mesma forma. Alckmin foi receptivo à pauta e manifestou apoio, colocando-se à disposição para a articulação junto aos Ministérios da Fazenda e das Relações Internacionais.

Estiveram presentes, além de Marcon e Hamm, os deputados federais Denise Pessôa (PT), Alceu Moreira (MDB), Busato (União), Heitor Schuch (PSB), Reginete Bispo (PT), Bohn Gass (PT), Alexandre Lindenmayer (PT), Maria do Rosário (PT) e Daniel Trzeciak (PSDB), bem como o senador Irineu Ort (Progressistas) – que assumiu no lugar do senador Luiz Carlos Heinze, que se licenciou por questões de saúde; o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), EdegarPretto; o superintendente do Incra/RS, Nelson Grasselli e o assessor de Relações Internacionais do Escritório de Representação do Governo do RS, Robson Valdez.

PREFEITOS

O Tribuna do Pampa conversou com os prefeitos dos municípios contemplados pela Transcampesina. O presidente do Cideja e prefeito de Pedras Altas, Volnei Oliveira falou da importância para os cinco municípios contemplados com a rodovia após sair do papel. “É uma demanda de muitos anos e fico feliz estando a frente do Cideja. Será uma boa conquista, principalmente para nossos produtores para escoamento de safra e acessos a outros municípios”.

O atual prefeito de Candiota e ex-presidente do Cideja, Luiz Carlos Folador, procurou o jornal para informar que o projeto da Transcampesina havia sido pré-aprovado pelo governo. “O vice-governador Gabriel Souza esteve reunido com a ministra Simone Tebet e ela informou a pré-aprovação. Agora, a pauta vai para análise técnica no Uruguai. Mas estou muito feliz, pois enquanto era presidente do Cideja fui duas vezes na sede do Focem em Montevideu, três vezes no Ministério do Planejamento, em Brasília, e duas vezes no governo do Estado para tratar da Transcampesina”, lembrou Folador.

Marcus Peti, de Aceguá, lembrou ser importante devido serem municípios de fronteira seca e com conexão com o Uruguai. “Além de conectar com o Uruguai, conecta com os municípios vizinhos e vai trazer engajamento e desenvolvimento para a nossa região que é fraca, desabastecida e no fundo como costumamos dizer. Ainda diminuirá tempo de percurso para outros locais e melhor conexão com a BR-116. Portanto, estrategicamente, é importante para ambos os países”, disse Peti.

O vice-prefeito de Herval, Celso Silveira destacou que o município é uma espécie de fim de linha, pela falta de uma ligação asfáltica com os municípios da Campanha e da Fronteira Oeste gaúcha. “Portanto, além de vários outros benefícios em termos de encurtar distâncias, melhorar o acesso ao município, facilitar o escoamento da produção e criar uma rota alternativa que leva ao Porto de Rio Grande, a Transcampesina é uma rodovia estratégica para tornar Herval um corredor de passagem e potencializar o desenvolvimento econômico, social e cultural da Sentinela da Fronteira”.

* Atualizada na sexta-feira (19).

Comentários do Facebook