Vereador e servidor público entraram, aparentemente, em luta corporal Foto: Reprodução TP
Na tarde da última quarta-feira (22), um vídeo envolvendo o vereador Getúlio Porto (PDT) e do cargo em comissão (CC) da Prefeitura de Hulha Negra, Moizés de Abreu, viralizou em grupos de WhatsApp e Facebook. Na imagem, aparentemente, havia um confronto corporal em frente à Câmara de Vereadores do município.
Mais tarde, utilizando seu perfil no Facebook, o vereador publicou uma nota de esclarecimento, pedindo desculpas à comunidade e fazendo explicações – sem citar nomes – sobre os motivos que o levaram a se envolver no desentendimento. Na ocasião, ele citou supostas irregularidades que estariam ocorrendo em uma secretaria municipal – que pelas imagens e comentários indicam ser a de Assistência Social. “Vejo aí pessoas dentro de uma tal secretaria comendo, bebendo, e o mais grave, com roupas lavada e secada por este setor, vergonha”, escreveu o vereador, acrescentando imagens de um varal de roupas com a frase: “roupas do privilegiado na vitrine da sala principal na tal secretaria competente, inclusive roupas íntimas”.
Na nota, Porto fala em cobranças ao Poder Público. “Aquelas pessoas que não gostam de mim vão continuar não gostando, mas aqueles que são meus amigos de verdade e conhecem a minha índole, sabem que sou honesto e tenho as minhas mãos limpas, são 20 anos de vida publica e nunca usurpei o Poder Público. Tenho feito cobranças ao estado competente, amigavelmente, até porque faço parte do governo, e porque me considero um fiscalizador do Executivo, eleito cinco vezes pela comunidade de Hulha Negra e agradeço por isso. Considero isso como um provalecimento de pessoas que trabalham no governo, tem salário em dia e ter apoio de tal, fazendo esse barbarismo, usando o poder público para cometer este ato”, frisou.
Na manhã desta quinta-feira (23), a reportagem do Tribuna do Pampa entrou em contato com o vereador para entender melhor o fato ocorrido, porém ele agradeceu e disse que não iria mais se manifestar sobre o assunto.
Vereador Getúlio Porto postou fotos de um varal com roupas íntimas que estaria na sala principal do CRAS Foto: Divulgação TP
Também durante a tarde, a secretária de Assistência Social de Hulha Negra, Elisete Brasil, a Maninha, da Secretaria supostamente referida por Getúlio Porto, utilizou sua página pessoal no Facebook e a própria postagem do vereador para esclarecer os fatos. Em uma das publicações ela falou sobre injustiça.“Essa é a resposta! Tem que provar! Será que é verdade? Essa raiva toda por roupas que secamos. Obrigada pela competente, sou mesmo. A comunidade me conhece e sabe como é o meu trabalho. O CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) está de portas abertas para todos. Tirem as suas próprias conclusões. Não sou de me manifestar, mas não gosto de injustiça. E nem que denigrem meu local de trabalho que amo muito e me dedico todos os dias para que de tudo certo e para que as pessoas encontrem sempre o melhor ali. Amo o que faço”, manifestou.
O TP também contatou Moizes, envolvido no vídeo, que disse que as medidas cabíveis serão tomadas. “O vereador me perseguiu e agrediu verbalmente e fisicamente. Estou com minha consciência tranquila, pois sempre respeito as pessoas”, falou brevemente.
O jornal entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, que afirmou que a Prefeitura não iria se manifestar por enquanto sobre o ocorrido.
