No fim da semana passada, o TP mostrou a primeira participação em feira da agroindústria de Hulha Negra Tia Zane – de panificação. Através de um dos representantes da agroindústria e filho de Tia Zane, Henrique Outeiro, foram mostrados os preparativos, produtos apresentados e expectativa para a 27ª Feira Nacional do Doce, a Fenadoce, que acontece em Pelotas até o próximo dia 23 de junho.
Como forma de incentivo e apoio às agroindústrias, uma comitiva de Hulha Negra, formada pelo secretário de Agropecuária, Luis Fernando de Lima e o chefe do escritório da Emater Hulha Negra, Guilherme Zorzi, acompanhados de produtores de Hulha Negra e Dom Pedrito, além de integrantes da Emater de Bagé e Dom Pedrito, visitou a agroindústria da Tia Zane e a Pillar Artesanato, já participante ativa de feiras como Expointer e Feira de Brasília, além de outras da região na área de roupas e produtos em lã. Manoel Domingues, proprietário da Pillar, conta que o movimento ainda estava fraco no período, mas que a tendência era aquecer comercialmente nos últimos dias da feira. “O nosso destaque é para a Tia Zane, pois pela primeira vez algo da agricultura familiar de Hulha Negra ligado ao setor alimentício, está expondo em uma feira de cunho nacional. Foi uma oportunidade dos produtores que haviam ido conhecer nas proximidades o funcionamento de uma agroindústria de ovos, perceber que é possível também estar lá e entender a grandeza da feira, apesar de muitos chegarem lá e não valorizarem, até por falta de entendimento”, expõe o secretário.
Lima ainda relatou a surpresa pela grande movimentação do estande da Tia Zane. “Chegamos lá e tivemos que esperar, a venda estava constante. Procura muito grande, até porque era uma das únicas a vender pães, cucas, bolachas e salgados. Relato que tive, era de que as vendas estavam sendo feitas até para os próprios colegas expositores. Acredito que as cifras após a Fenadoce serão muito boas e estimulantes para a agroindústria”, enfatiza o secretário, salientando a alegria da participação da agroindústria através do Henrique Outeiro, além da exposição do produto ter sido muito bem feita e estar muito organizada.
Como secretário e incentivador das agroindústrias, Luis Fernando lembra das dúvidas, anseios e trabalho. “Tia Zane já estava em uma caminhada quando assumimos a Secretaria de Agropecuária, sempre foi corajosa e com grande espírito empreendedor. De lá para cá procuramos incentivar e mostrar as potencialidades, sem deixar que se perca a qualidade do produto. Estou sempre avaliando para o bem da agroindústria. Até por isso conseguimos o caminhão da Cooptil e fizemos todos os processos necessários para a participação dela na feira”, conclui Lima já contando que uma nova visita deverá ocorrer nos próximos dias.
TIA ZANE – A reportagem do TP contatou com Henrique Outeiro, que está no estande da agroindústria da Tia Zane, na Fenadoce, para saber como está a participação e comercialização dos produtos. Segundo ele, a feira está sendo muito positiva no ponto de vista de relacionamentos, contatos, experiência. “Ficamos bastante animados, nossos produtos caíram no paladar da cidade. Pessoal prova, gosta, elogia e volta para comprar novamente. Ficamos muito felizes e estamos tendo um bom resultado. As vendas estão muito boas, quase todos os produtos foram comercializados”, relatou Henrique.
Ele também aproveitou para informar que já foi acertada a participação da Tia Zane na Feira Internacional de Economia Solidária (Feicoop), que ocorrerá em Santa Maria, de 11 a 14 de julho. “A Fenadoce é um momento de aperfeiçoamento e realização de contatos. Foram contatos que aconteceram aqui na Fenadoce, pontos extremamente positivos ao falar em relacionamentos, contatos e novas possibilidades”, destaca.
AÇÃO SOCIAL – Além da participação na 27ª Fenadoce, a agroindústria da Tia Zane ainda mostrou que se preocupa pelo próximo. Intitulado “Carinho de Tia”, a equipe forneceu cucas para o lanche das pessoas assistidas pelo Hospital Espírita de Pelotas – entidade filantrópica, sem fins econômicos, fundada pela Liga Espírita Pelotense em 1948. Atua na área de saúde mental sob uma visão holística, biopsíquica, sociológica, espiritual. Segundo Outeiro, a doação surgiu após a agroindústria saber da necessidade da entidade. “Achamos uma ideia bacana, como uma forma de contribuir com a cidade e retribuir a receptividade que tivemos ao trazer nossos produtos”, explica.