RELIGIÃO

Comunidades católicas iniciam programações da Semana Santa

Paróquias de Candiota, Hulha Negra e Pinheiro Machado iniciaram programações no domingo (14). Pedras Altas conta com dois dias de celebrações

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Fiéis cristãos da região e do mundo entraram neste último domingo (14) em uma das semanas mais importantes da igreja católica, a Semana Santa. Ela teve início com o Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e se encerra com o Domingo de Páscoa.

Nas comunidades de Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado, das paróquias Sagrado Coração de Jesus, São José e Nossa Senho­ra da Luz, que têm a frente os freis César dos Santos Machado e Rinaldo Matter Eberle e o padre Edegar Barrozo, foram organizadas programações especiais pela passagem da semana, cuja tradição religiosa destaca a Paixão, a Morte e a Ressur­reição de Cristo.

CANDIOTA
Paróquia Sagrado Coração de Jesus
14/04 – Domingo de Ramos, às 9h
17/04 – Missa do Crisma, às 9h30 (Catedral São Se­bastião Mártir)
18/04 – Ceia do Senhor, às 19h (Comunidade Imacu­lada Conceição)
19/04 – Paixão do Senhor, às 15h (Comunidade São João Batista)
20/04 – Vigília Pascal, às 19h (Comunidade São José Operário)
21/04 – Páscoa do Senhor Ressuscitado, às 9h (Co­munidade Imaculada Conceição)

HULHA NEGRA
Paróquia São José
14/04 – Domingo de Ramos, às 9h
17/04 – Missa do Crisma, às 9h30 (Catedral São Se­bastião Mártir)
18/04 – Ceia do Senhor, às 19h (Comunidade São José)
19/04 – Paixão do Senhor, às 15h (Comunidade São José)
20/04 – Vigília Pascal, às 19h (Comunidade Cristo Rei)
21/04 – Páscoa do Senhor Ressuscitado, às 9h (Comunidade São José)

PEDRAS ALTAS
Comunidade São Manoel
18/04 – Missa do Lava-pés e Instituição da Euca­ristia, às 15h
21/04 – Missa de Páscoa, às 15h

PINHEIRO MACHADO
Paróquia Nossa Senhora da Luz
14/04 – Domingo de Ramos, às 9h
18/04 – Missa do Lava-pés e Instituição da Eucaristia da Eucaristia, às 18h30; Vigília com Adoração do Santíssimo, às 20h (Igreja Matriz)
19/04 – Celebração da Via-sacra, às 9h30; Celebra­ção da Paixão, às 15h; Encenação da Via-sacra, às 18h30
20/04 – Celebração da Vigília Pascal, às 18h30
21/04 – Missa de Páscoa, às 9h30

A Associação dos Piscicultores de Candiota (Apiscan) estará comercializando o alimento tradicional da Sexta-feira Santa Foto: Arquivo TP

FEIRA DO PEIXE – Na data, é tradicional a alimentação com carne de peixe e a realização de feiras para a comercialização do produto. Em Candiota, a Associação dos Piscicultores (Apiscan), já comunicou que nesta semana, no quarta-feira (17) e quinta-feira (18), estará no Galpão do Produtor, localizado na praça Dario Lassance, com venda de peixes, entre eles carpa capim, carpa cabeça grande, carpa húngara e carpa prateada. O galpão estará aberto das 9h às 18h.

Semana Santa

Semana Santa é um tempo de reflexão e penitência muito especial para os cristãos. Ela se inicia no Domingo de Ramos e termina com a celebração da Páscoa. Este deve ser um período para refletirmos sobre o sofrimento de Cristo, sobre os nossos erros e, sobretudo, para renovarmos a nossa fé e a nossa esperança. Conforme, o material dos encontros e celebrações quaresmais “Junto à Cruz há Esperança”.

A Semana Santa é uma tradição religiosa católica que celebra a Paixão, a Morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa. Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa o condenaram à morte. Jesus é recebido com ramos de palmeiras. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração.

Segundo o evangelho, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os discípulos e entrou na cidade como um rei, mas sentado num jumentinho – o símbolo da humildade – e foi aclamado pela população como o Messias, o rei de Israel. A multidão o aclamava: “Hosana ao Filho de Davi!” Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição.

A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo. Jesus Cristo não aceitava o tipo de vida que seu povo levava, o governo cobrando altos impostos, riquezas extremas para uns e miséria para outros. Ao chegar a Jerusalém, foi aclamado pela população como sendo o Messias, o Rei, mas os romanos não acreditavam que ele era filho de Deus, duvidavam dos seus sábios ensinamentos, de sua missão para salvar a humanidade, então passaram a persegui-lo. Em seguida, fizeram Jesus passar pela via sacra, amarrado à sua cruz, carregando-a por um longo trecho, sendo torturado, levando chibatadas dos soldados, sendo caçoado covardemente até sofrer a crucificação e a morte.

Cada dia da semana, a comemoração faz referência a um acontecimento:

Na segunda-feira, Jesus passa a noite com seus amigos Marta, Maria e Lázaro; em Jerusalém expulsa os vendilhões do templo; no caminho amaldiçoa a figueira que não dá frutos; Jesus sofre com os que sofrem, mas salva os que agem com caridade e justiça. Na terça-feira, Jesus retorna a Jerusalém, passa pelo Templo e vai até ao monte das Oliveiras.

Na terça-feira que os líderes judeus se reuniram para conspirar a morte de Jesus. Jesus responde com firmeza a forma de ensinar, falando em parábolas, o da vinha (Mt 21, 33-46), o banquete de casamento (Mt 21,1). Jesus também profetiza sobre a destruição de Jerusalém, não restará pedra sobre pedra (Mt 24). Palavras fortes, mesmo assim Jesus as diz – por amor ao Pai e ao povo.

Na quarta-feira, em segredo Judas concretiza seu plano de entregar Jesus por trinta moedas de prata (Mt 26,14). Na casa de Simão, o leproso, Judas se opõe a ação da mulher que unge Jesus com perfume (Mt 26,6), Judas se porta como cego, não vendo em Jesus o portador da graça salvadora. A traição exclui a confiança e a gratuidade.

Na quinta-feira, Jesus está em Betânia, pede aos discípulos que encontrem um lugar para celebrar a Páscoa (Mt 26,17).  Momento muito difícil para Jesus, onde ele vive suas últimas horas de liberdade. Neste momento de liberdade ele celebra a ceia com seus discípulos: Ele tomando o pão e o cálice em suas mãos, entregou aos discípulos dizendo: “comei e tomai, isto é meu corpo, isto é o meu sangue. Fazei isto em memória de mim”. A partir desse momento, a ceia eucarística torna-se alimento para o fortalecimento da fé e da vida. A Instituição da Eucaristia. Outra cena extraordinária de valor imensurável: o Senhor amarra uma toalha na cintura e lava os pés dos apóstolos. E pergunta-lhes: “compreendestes o que acabei de fazer? Sabeis: vós sereis felizes se colocarem em prática”. Jesus nos seus últimos instantes de liberdade aproveita para servir. Institui a Diaconia. Que gesto impressionante!

Na sexta-feira, Jesus foi preso e é pregado à Cruz, agonizando por aproximadamente três horas. As três horas da tarde, Jesus entrega seu Espírito ao Pai; dia de silêncio e solidariedade com o Cristo de ontem e com os irmãos e irmãs de hoje, que continuam sendo pregados na cruz da miséria, da violência, vícios, doenças, exploração, injustiças. Dia em que os Cristãos beijam a imagem do Cristo morto; gesto simples, mas portador de uma lição de esperança universal. 

O Sábado é conhecido como o dia da oração e do jejum, onde os cristãos choram pela morte de Jesus. Noite que lembra o acontecimento que permanece no coração dos discípulos e de Maria. Grande Silêncio. Em Jerusalém tudo é normal. A morte de Jesus é ignorada. Tudo é silêncio. Porque, Jesus se revelou o Messias poderoso? Por que ele morreu? Perguntas que inquietam o coração dos amigos de Jesus.

E, finalmente, o domingo da Páscoa. Porque procurais entre os mortos. Aquele que vive? Não está aqui; ressuscitou! (Lc 24,5-6). “O Senhor ressuscitou verdadeiramente!”. É este o grito que responde à nossa palavra de esperança. O grito que, na boca de S. Paulo, se torna desafio: “Onde está, ó morte, a tua vitória?” (l Cor 15, 55).

Páscoa é, com efeito, a festa em que a esperança é transformada em certeza. O mundo esperava o domínio sobre a dor, a morte e o pecado; hoje sabe que a dor é redenção, a morte é apenas preâmbulo de ressurreição, a ferida do pecado pode ser curada com a transfusão do sangue de Cristo na nossa vida pelo Batismo e pelos demais sacramentos. Páscoa é, também, tempo de anunciar esta certeza a todos os homens. Madalena viu o sepulcro vazio. A Ressurreição é o núcleo central da pregação, conforme deduzimos da leitura dos Atos dos Apóstolos: “Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos. Deus o ressuscitou ao terceiro dia. Jesus mandou-nos pregar ao povo e dar testemunho. Não devemos ter vergonha de falar de Cristo e sendo cristãos vivos numa Igreja viva no meio do Mundo.

 Páscoa tem de ser, também, um profundo ato de fé. A ressurreição aponta o caminho novo, o caminho em frente, a vida que se há de manifestar.

 A todos os paroquianos das Paróquias Sagrado Coração de Jesus e São José, uma feliz e abençoada Páscoa do Ressuscitado, é o desejo dos
Freis César dos Santos Machado e Rinaldo Matter Eberle

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