MÚSICA

DJ pinheirense conta como se adaptou à pandemia da Covid-19

Profissional que trabalha com música disse que em tempos difíceis, ser DJ, mulher e conseguir reconhecimento é gratificante

DJ Martins iniciou a carreira em 2019 Foto: Divulgação TP

Com a chegada da Covid-19 no Brasil, os artistas ganharam novos desafios e muitos ficaram sem exercer a profissão em diversos lugares do país. Muitos ficaram praticamente um ano sem exercer suas atividades, situação agravada onde a valorização da música é escassa.

Na região, a pinheirense Alline Martins de Oliveira, 26 anos, conhecida como DJ Martins, sentiu na pele os impactos causados pela pandemia. Ela conversou com a equipe do Tribuna do Pampa e falou sobre sua profissão e de que forma se reinventou neste período.

Ao ser questionada sobre de onde surgiu a vontade de trabalhar com a música, Alline disse que há muitos anos investe na carreira para ganhar visibilidade. “Sempre cobri eventos pequenos, apenas com pen drive e/ou computador. Brincava de ser radialista, então acho que foi daí o amor, a música me fez querer seguir a carreira de verdade, que hoje está se iniciando”, contou.

CARREIRA – Com o começo da carreira em 2019, Alline diz ter conseguido trabalhos inéditos que, segundo ela, a região não possui. O projeto La Hora de Funk, lançado em 2019, durante a já tradicional Festa Junina de Pedras Altas (Fejupa) – projeto de dança que teve passagem nos municípios da região e que animava a todos por onde passava, mas que por conta da pandemia não teve continuidade.

Sempre na busca por seus objetivos, a DJ conta que em setembro de 2020 houve um avanço na sua carreira através de um projeto autoral, o lançamento da música ‘Drink Diferente’, que logo ganhou espaço nas rádios da região. “Ainda temos muitos projetos a serem realizados, nosso show solo está conseguindo retornar com as atrações de efeitos especiais e tem explodido a galera por onde passa”, destacou.

Mas ela relata ser difícil seguir a profissão que escolheu, ainda mais por ser uma mulher e pela valorização da música ser escassa na região. “É difícil quando se decide arriscar e ser DJ, algo que ainda sofre tanto preconceito pela sociedade. Ainda mais quando se é mulher e se vem de onde eu venho, uma pequena cidade do interior”, enfatiza.

PANDEMIA – Durante a pandemia, bares e casas de shows foram fechados e tiveram os eventos cancelados, o que também dificultou a vida de quem trabalha apenas com a música. A DJ Martins falou das dificuldades enfrentadas nesse período, e como as apresentações aconteceram. “Na pandemia foi difícil, tivemos que muitas vezes ter coragem de dar a cara a tapa e tocar por bem pouco, ou para quase ninguém em um evento. Mas sempre com sorriso no rosto, pois não muda tocar para cinco ou para cinco mil pessoas”, disse.

Com a melhora no cenário da música e a flexibilização dos protocolos, Martins tem conseguido grandes oportunidades e reconhecimento na região Sul. A DJ do interior comemora estar conseguindo lotar a sua agenda e levar seu trabalho novamente ao público. Com ainda mais inovação Martins tem seguido um trabalho solo em apresentações em bares e pubs principalmente na região de Pelotas.

Atualmente, ela está retomando com os shows e disse que tem agenda completa semanalmente, e que inclusive já tem datas marcadas para o natal e janeiro de 2022. “Estou cumprindo agendas em Bagé, Candiota, Pelotas, Cassino e buscando outros lugares”, informou, finalizando haver diversos projetos na manga, e que serão lançados após a pandemia passar.

Contatos com a DJ Martins podem ser feitos pelo telefone (53) 999681548. O trabalho de Alline pode ser acompanhado pela página da DJ no @djmartinsoficiall.

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