ESTIAGEM

Deputado Mainardi cobra retomada de programa de irrigação

Programa foi instituído por Mainardi quando ele foi secretário de Estado de Agricultura Foto: Divulgação TP

O Rio Grande do Sul registra uma nova quebra de safra em função da estiagem. Os períodos de seca são cíclicos no Rio Grande do Sul e causam grandes frustrações de safras, afetando produtores e desequilibrando a economia estadual.

Nesta terça-feira (10), durante a sessão plenária, o deputado Luiz Fernando Mainardi (PT) chamou a atenção para o problema agravado pela falta de políticas públicas de financiamento à irrigação, a exemplo do programa “Mais Água, Mais Renda”, criado
durante o governo Tarso Genro.

De acordo com o deputado, que foi secretário da Agricultura no governo Tarso, historicamente, o Rio Grande do Sul enfrenta o problema da estiagem a cada cinco, seis anos. Portanto, é  fundamental a manutenção de políticas permanentes e programas de estruturação de ações que enfrentem o problema, para que os produtores não percam a produção e o estado, a receita decorrente dos impostos gerados pela agricultura.

O alerta foi feito para evitar que seja discutida uma nova legislação sobre o assunto e que se retome o que já está aprovado.

O programa, disse o deputado, foi fruto de debates entre mais de 20 entidades, entre elas, universidades, Emater, Fetag, Farsul. “Em 2011, tínhamos 100 mil hectares e em dois anos conseguimos elevar para 180 mil hectares irrigados. Agora segundo a Secretaria da Agricultura, são apenas 220 mil hectares. Um crescimento
muito pequeno, por isso o governo precisa modificar a visão de que o estado não pode se envolver. O estado deve se envolver sim, pois sabemos que a irrigação, dependendo da cultura, aumenta em duas, três vezes a produtividade, gerando renda para o produtor e renda pública por meio da arrecadação de impostos”, argumentou.

O Programa Mais Água, Mais Renda subsidiava de 12 a 30% os investimentos em irrigação, além de agilizar as licenças e outorgas ambientais a partir de uma Licença de Operação que beneficiava todos os que aderiam à iniciativa. O programa fez praticamente dobrar a área irrigada no Estado. Cerca de 3,4 mil projetos assinados, com investimentos de aproximadamente R$ 540 milhões. No ano de 2013, 26% dos equipamentos de irrigação comercializados no País foram vendidos no Rio Grande do Sul. A irrigação, além de estabilizar a produção em épocas de secas, proporciona o aumento de produtividade que pode chegar até 300%, como no caso da lavoura do milho.

Comentários do Facebook