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Direção da Fundação está mobilizada para reabrir o prédio do Pronto Atendimento de Candiota

Neste domingo (6), a interdição feita para 7ª Coordenadoria de Saúde (CRS) completou um mês. Enquanto a situação não é normalizada, os atendimentos de urgência e emergência estão sendo realizados na Unidade Básica de Saúde (UBS) da sede do município

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A interdição completou 30 dias e expectativa que a reabertura aconteça nos próximos dias Foto: Arquivo TP

Exatamente um mês. Esse é o período em que o prédio do Pronto Atendimento 24h (antigo Hospital de Candiota) está com as portas fechadas e impossibilitado de prestar qualquer tipo de serviço para a população na estrutura localizada na Vila Residen­cial. A instituição, mantida pela Fundação Maria Anun­ciação Gomes de Godoy, recebeu 19 apontamentos da fiscalização sanitária da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e corre contra o tempo para reverter o quadro.

Na manhã da última sexta-feira (4), em conversa com o presidente da Funda­ção, Marcelo Dutra, a repor­tagem do Tribuna do Pampa procurou entender o que, de fato, gerou a ação extrema e quais procedimentos estão sendo realizados para que o prédio seja desinterditado.

MEDIDAS – Para o TP, Mar­celo disse que uma verdadei­ra força-tarefa foi montada, em parceria com a Prefeitura de Candiota, que é a única conveniada, para agilizar to­dos os procedimentos neces­sários para reverter os itens apontados como irregulares pela fiscalização sanitária da 7ª CRS. Segundo ele, a maioria trata-se de contratos que não eram formalizados como manda a legislação. “Toda essa questão de con­tratos a Fundação já con­seguiu regularizar e faltam apenas alguns detalhes. A nossa expectativa é que já nos próximos dias o prédio do Pronto Atendimento pos­sa ser liberado”, afirmou.

Questionado sobre a situação do alvará sani­tário, indispensável para o funcionamento de qualquer estabelecimento, ele disse que o documento já estava vencido desde 2014. “Isso aconteceu porque a Fun­dação precisava acessar algumas certidões negativas para a renovação. Só conse­guimos isso em novembro de 2018, quando saiu a fi­lantropia, que possibilitou o parcelamento de uma dívida trabalhista. Com o cenário positivo diante disso, só a partir dali, já era possível en­caminhar um novo alvará”, disse o presidente.

A readequação do projeto arquitetônico e da Central de Material Este­rilizado (CME) são os ou­tros dois pontos que ainda necessitam atenção. “Em momento algum a Funda­ção está se eximindo da sua responsabilidade, tanto que desde o dia da interdição estamos empenhados em reverter o quadro. Durante todo esse período, estamos contando com empenho da equipe da 7ª Coordenadoria, que também vem colaboran­do para que a situação seja normalizada o mais rápido possível, e o Pronto Aten­dimento esteja regularizado conforme manda a legisla­ção”, afirmou Marcelo.

COORDENADORIA – Na última semana, em contato com o coordenador interino da 7ª Coordenadoria Regio­nal de Saúde (CRS), Mag­no Cesarino, ele comen­tou sobre o procedimento que está sendo realizado pela equipe da Fundação para que tão logo ocorra a desinterdição do prédio. “Dos 19 apontamentos da fiscalização sanitária, al­guns eles já solucionaram e estamos acompanhando todo o processo. Para isso, eles vieram na Coordena­doria e nós já tivemos mais de uma reunião com eles para ajustar tudo. A nossa equipe está prestando toda a orientação necessária e eles já estão providenciando as correções que deveriam fazer”, disse.

Segundo ele, não há um prazo definido para que o prédio do Pronto Atendimento seja reaberto. “Na verdade, o prazo de­pende deles conseguirem fazer todas as correções que a lei exige, mas eles estão correndo atrás para agilizar isso. A nossa equipe está toda hora em contato com eles e eles conosco e o importante é que eles estão empenhados em fazer as melhorias. É exatamente isso que a vigilância es­pera – que ocorram essas mudanças para garantir a qualidade do atendimento ao público”, declarou.

Desde a última quinta-feira (3), Magno deixou o cargo provisório, que passou a ser ocupado oficialmente pelo médico Ricardo Necchi.

ATENDIMENTOS – En­quanto a situação não se resolve, de forma bastan­te rápida, a Prefeitura de Candiota disponibilizou um espaço na Unidade Básica de Saúde (UBS) da sede do município para garantir a continuidade dos serviços de urgência e emergência. “Embora todas as dificul­dades, estamos cientes que se trata de um atendimento improvisado, mas consegui­mos continuar atendendo de forma rápida e eficaz. Nesses 30 dias quase 3 mil pessoas foram atendidas na UBS, enquanto lá na Vila Residencial normalmente se atende 1,3 mil pessoas. Isso quer dizer que a pres­tação de serviços para a comunidade – que poderia ser a maior prejudicada – continua e vai continuar acontecendo”, finalizou Marcelo.

APONTAMENTOS FEITOS PELA 7ª CRS
* Renovação de Alvará Sanitário
* Readequação do projeto arquitetônico
* Necessidade de mais um enfermeiro no quadro
* Capacitação permanente de esterilização e higienização
* Núcleo de segurança do paciente
* Álcool gel, sabonete líquido e papel toalha nos
banheiros
* Potabilidade da água
* Comprovação da manutenção preventiva e corretiva
dos equipamentos
* Prontuário de registro de atendimento do paciente
* Higienização e organização
* Adequação da Central de Material Esterilizado
(CME)
* Falta de contrato com laboratório e restaurante
* Adquição de uma válvula de descarga e substituição
de torneiras
* Adquição de torneiras de alumínio
* Falta de contrato com lavanderia
* Dedetização do prédio
* Espaçador
* Organizar pratos e utensílios para os pacientes

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