RELIGIÃO

Festa de Iemanjá deve contabilizar mais de 2 mil pessoas no Quebracho

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O dia 2 de fevereiro, próximo sábado, é uma das principais festividades do calendário de Umbanda. A data é destinada para homenagear Iemanjá, a “Mãe das Águas” ou “Rainha do Mar”, ou ainda, “Nossa Senhora dos Navegantes”, na Igreja Católica. A data é comemorada em diversas regiões do país e a festa acontece, principalmente, em cidades de litoral ou em beiras de rios, já que a sua imagem é ligada às águas.

Na região, as homenagens acontecem tradicionalmente às margens do Arroio Quebracho, junto a BR-293 em Hulha Negra, e costuma reunir centenas de pessoas. Neste ano, conforme o presidente da Associação Espiritualista da Umbanda de Bagé (AEUB) e dirigente do Centro Espírita de Umbanda Bom Jesus de Nazaré, Delmar Dabrowski de Medeiros, são esperadas mais de 2 mil pessoas para a homenagem que tem início à meia noite de 1º para 2 de fevereiro. “Teremos a participação de aproximadamente 30 Casas de Religião, sendo que alguns já estão se instalando no Quebracho. Nossa expectativa é de que a festividade seja ainda maior, com mais público, podendo chegar a 4 mil pessoas até o domingo, pois é um dia mais fácil de todos conseguirem prestar sua homenagem”, expõe o presidente, que aproveitou a conversa com o TP para deixar o convite para simpatizantes de todos os municípios da região a participarem da festividade.

A festividade religiosa tem início com uma abertura com a presença de autoridades e diretoria da AEUB, seguida das homenagens.

IEMANJÁ – O nome de Iemanjá vem da expressão iorubá “Yèyé omo ejá”, que significa “Mãe cujos filhos são peixes”. Mãe-d’água dos Iorubatanos no Daomé, de orixá fluvial africano passou a marítimo no Norte do Brasil. No Brasil, a deusa Iemanjá recebe diferentes nomes, dentre eles: Dandalunda, Inaé, Ísis, Janaína, Marabô, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do Mar, Rainha do Mar e Sereia do Mar. Iemanjá é a padroeira dos pescadores. É ela quem decide o destino de todos aqueles que entram no mar. Também é considerada como a “Afrodite brasileira”, a deusa do amor a quem recorrem os apaixonados em casos de desafetos amorosos.

A majestade dos mares é celebrada no Brasil no dia 2 de fevereiro, numa festa muito conhecida, em que lhe são feitas oferendas de velas e flores, levadas ao mar em pequenas embarcações artesanais ou entregues na beira dos rios. Ela costuma ser representada em camisetas, bolsas e pingentes, está presente em diversas manifestações culturais, como cantos, lendas e histórias. Por ser uma divindade ligada à maternidade e à fertilidade, geralmente é referenciada como Mãe Iemanjá.

Durante a celebração, os devotos, grande parte deles, vestidos de branco e azul, cores de Iemanjá, levam suas oferendas como forma de agradecimento ou então para realizar pedidos ou promessas.

INFRAESTRUTURA – Nesta semana, a reportagem do Tribuna do Pampa visitou o Quebracho juntamente com o prefeito de Hulha Negra, Renato Machado, do Progressistas, e do secretário adjunto de Obras, Luiz Gustavo Dias. Na oportunidade, assim como já havia sido noticiado pelo TP, um trabalho intenso, por parte da Secretaria de Obras, estava acontecendo parta deixar o local em condições para sediar a festividade.

Prefeito Renato e Luiz Amaro acompanharam as melhorias no local Foto: Silvana Antunes TP

Coordenada por Luis Amaro, foi realizada a limpeza e retirada de galhos do leito do rio, roçada de toda a área destinada ao público, retirada de lixo, reparos na rede elétrica e melhoria do acesso até a água. Um diferencial neste ano, é a organização de um estacionamento na lateral da BR-293. Uma patrola da Prefeitura estava organizando a área e segundo o prefeito Renato Machado, o objetivo é trazer mais segurança à população. “No ano passado percebemos uma grane quantia de veículos estacionados no acostamento da rodovia, muito perigoso. Conversamos com o Delmar e planejamos essa área que comportará um grande número de veículos”, ressalta.

Em 2019, estacionamento foi organizado próximo ao Santuário Foto: Silvana Antunes TP

Ainda conforme o prefeito, já havia essa parceria entre a Prefeitura e a Associação e após reassumir o Executivo, ele optou para a continuação. “O Santuário está no território de Hulha Negra e independente de religião o município se aproxima bastante. Não podemos deixar crenças e tradições de lado, achamos importante o envolvimento da comunidade e hoje, em um mundo tão difícil, é importante acreditar em alguma coisa, ter fé, acreditar, defender”, enfatiza Renato.

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