Desde a publicação do último decreto, na sexta-feira (20), que determinou a flexibilização das medidas de isolamento social e a possibilidade de reabertura do comércio, a Prefeitura de Pinheiro Machado vem trabalhando no sentido de fiscalizar e orientar a população para manutenção da saúde pública e combate ao novo coronavírus.
Em conversa com o TP, o titular da Secretaria de Administração, Giovane Sampaio, disse que uma ferramenta de controle foi implantada recentemente, bem como a convocação de todos os fiscais do quadro para atuação. “Desde então foram registradas 102 ações da fiscalização, sendo 98% decorrentes de ações regulares e apenas 2% de denúncias recebidas. Conforme os dados, os setores com fiscalização mais intensa têm sido indústrias, comércios, lojistas e varejistas, com 29,4% das ações; supermercados, mercados, fruteiras, mercearias e minimercados, com 23,5% do total; e prestação de serviços estéticos e de beleza, com um índice de 8,8%”, detalhou. Segundo o secretário, o pico da ação ocorreu nesta segunda-feira (20), totalizando 38 ações registradas pela fiscalização.
Em conversa com a reportagem, o prefeito Zé Antônio afirmou que se trata de um trabalho com o intuito de educar a população e não prioritariamente punir – fato que aconteceu apenas em casos isolados. “Montamos uma força-tarefa com todos os fiscais do município – sanitários, tributários e ambientais – para realizar as visitas nos comércios durante esse período. É um trabalho de orientação para que todos possam trabalhar com segurança e fazendo o possível para continuar mantendo o vírus fora da nossa cidade. Quando decidimos pela reabertura do comércio, onde estivemos reunidos com a direção da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária (Acias) para apresentar e revisar todos os pontos do decreto, estávamos certos que a partir disso teríamos mais uns 200 fiscais junto com a nossa equipe – os proprietários dos estabelecimentos comerciais, que sempre que cumprem as normas do Ministério da Saúde, estão contribuindo com a comunidade para tentar dificultar a propagação do coronavírus”, disse o gestor.
ADAPTAÇÕES – Enquanto a administração pública fiscaliza, no outro lado da história estão os proprietários dos estabelecimentos comerciais – com uma série de medidas de higienização a serem cumpridas, no intuito de contribuir para a manutenção de nenhum caso de Covid-19 registrado no Boletim Epidemiológico do município.
Entre as principais adaptações, para possibilitar acesso ao público, os restaurantes precisaram incorporar protetor salivar no serviço de buffet, oferecer máscaras para todos os funcionários, estabelecer limite de um cliente por vez para se servir, organizar as filas e manter apenas 10 clientes no interior do estabelecimento – cumprindo a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2 metros de distanciamento.
Solano Cardoso e Ana Gorete Teixeira, proprietários da Padaria e Restaurante da Aninha, falaram sobre as medidas. “Na medida do possível estamos nos adaptando à situação imposta no mundo inteiro com a chegada coronavírus. Colocamos protetor salivar no buffet e mantemos todo o material de trabalho higienizado – nos adequamos ao que a Vigilância Sanitária sugeriu. Entendemos que as medidas são realmente importantes porque precisamos manter a integridade dos nossos clientes e estamos trabalhando de forma incansável para obedecer ao decreto do município. Estamos fazendo da melhor maneira possível para manter nossos clientes e nosso atendimento”, disseram.
Na fila para entrar no restaurante, Renato Borges, que mora há 5 meses em Pinheiro Machado, disse que vê de forma positiva o trabalho realizado pelo restaurante e fiscalização durante o enfrentamento da pandemia. “Achei muito bom, ficou realmente bem legal tudo aqui. Nós temos que nos conscientizar e nos acostumar com essas regras por uma questão de segurança: o vírus está aí, ninguém sabe por onde circula. Claro que em certo ponto é ruim, porque estávamos acostumados com a vida de antes, mas temos que olhar primeiramente para a nossa saúde e é isso que importa mais”.