Erone faleceu aos 58 anos e era um entusiasta da agricultura familiar, da reforma agrária e do desenvolvimento regional Foto: João André TP
Lutando contra um câncer de estômago há cerca de um ano, o ex-prefeito de Hulha Negra (2013-2016), Erone Pedrinho Londero, faleceu no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, no início da manhã desta quinta-feira (18), aos 58 anos – completaria 59 no mês que vem.
Esta era a terceira batalha contra a doença que Erone enfrentava. A primeira ele havia vencido contra um câncer de esôfago. Depois, o ex-prefeito perdeu a filha Giovana, com 28 anos, para a leucemia.
Há cerca de um mês, demonstrando uma força impressionante, Erone fez uma espécie de despedida em seu perfil de Facebook, expondo a sua luta contra a doença e também que as chances de recuperação eram remotas. Após a publicação, ele apagou o perfil na rede social. Na última semana, Erone, já muito debilitado, porém ainda muito ativo mentalmente – inclusive emitindo opiniões políticas, como sempre foi sua característica -, recebeu no hospital uma comitiva do Fórum das Águas e do Cideja, que lhe entregou uma placa em homenagem aos serviços prestados às duas entidades.
Engenheiro agrônomo formado pela Universidade da Região da Campanha (Urcamp), Erone nasceu em Caçapava do Sul em maio de 1960. Militante do Partido dos Trabalhadores (PT) desde os tempos de faculdade, era um entusiasta da agricultura familiar, da reforma agrária e do desenvolvimento regional, tendo sido um dos fundadores do Fórum das Águas e do Cideja.
Funcionário de quadro da Ascar/Emater, ele se aposentou no ano passado, depois de ter dedicado mais de três décadas de sua vida ao trabalho, chefiando o escritório regional sediado em Bagé em várias ocasiões.
Disputando uma eleição pela primeira vez, Erone foi eleito prefeito de Hulha Negra em 2012, com 2.452 votos (58,6%). Em 2016, tentou, sem êxito, a reeleição.
O prefeito de Hulha Negra, Renato Machado, decretou luto por três dias na cidade, tendo a Prefeitura também emitido uma nota de pesar, assim como a Câmara de Vereadores. “Diante do ocorrido, só nos resta pedir a Deus que conforte o coração de seus familiares e amigos, que se encontram acometidos pela dor da perda, dando-lhes forças para superarem este momento difícil e para conviverem com tamanha saudade”, assinalou um dos trechos da nota emitida pela Prefeitura.
O ex-prefeito deixa os filhos Maurício e Marcelo e a esposa Amélia. Ele foi velado e cremado ainda nesta quinta-feira (18), no Cemitério Ecumênico João XXIII, na capital gaúcha.
* Atualizada às 18h52 do dia 19 de abril de 2019, conforme publicado no jornal impresso.
