POLÍTICA

Legislativo pinheirense questiona instalação de placas de trânsito

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Na Praça de Esportes, o objetivo é realmente extinguir o fluxo de caminhões

Na Praça de Esportes, o objetivo é realmente extinguir o fluxo de caminhões Foto: Gislene Farion TP

Na última terça-feira (11), apesar de tempo reduzido em função da homenagem proposta pelo vereador Mateus Garcia (PDT) para homenagear a equipe que combate o abi­geato na região, a sessão da Câmara de Vereadores de Pinheiro Machado deu o que falar. Dos seis parlamentares que fizeram uso da palavra, quatro abordaram a questão da instalação das novas pla­cas de trânsito na cidade.

Conforme o TP noti­ciou há exatamente um mês, a aquisição tem como obje­tivo regulamentar o tráfego de caminhões e pelo que se vê da empresa responsável pelo serviço é o que de fato acontecerá. O que tem cau­sado estranheza da popula­ção e que os parlamentares criticaram foi a quantidade das proibições. Na oportuni­dade, o vereador Cabo Adão (PSDB) se posicionou diante da ação que estava entre suas demandas desde o início do mandato. “Ontem (segunda­-feira), me deparei com um veículo com placas de Ar­roio do Meio e o cidadão estacionou longe e trouxe as caixas no ombro pra entregar no comércio. As placas têm que servir pra ajudar e não pra atrapalhar os motoristas. No início do meu trabalho aqui eu passei um projeto pro prefeito que criava uma alternativa para veículos de grande porte e não proibindo totalmente”, pontuou ele.

Para Renato Ro­drigues (PSDB), apesar de concordar que seja necessá­rio reduzir o fluxo de cami­nhões no centro da cidade, a iniciativa foi exagerada. “Eu fiquei bem indignado com essa quantidade de placas nas ruas. Todos sabem que eu tenho o meu caminhãozi­nho onde passo carregando mudança e agora não posso passar em nenhuma rua. Como vai ser pro caminhão que vem trazer mercadoria? Nem vai poder entrar na cidade, o comerciante vai ter que ir até a faixa buscar. Eu acho que vão ter que tomar alguma providência porque foi mal elaborado e não pode funcionar assim”.

Em resposta, o pre­sidente do Legislativo, Jaime Lucas (MDB), disse que foi buscar informações junto ao chefe de gabinete do Execu­tivo e que a sinalização ainda não está valendo. “O pecado maior foi do Conselho e do Executivo que determinou essa forma, mas não fez uma divulgação através dos próprios meios online, rádio Nativa ou até panfletos com um trabalho de explicação”, salientou o parlamentar.

Zé Antônio disse que a instalação das placas está ainda em processo e que os motoristas serão devidamente informados quando começar a valer

Zé Antônio disse que a instalação das placas está ainda em processo e que os motoristas serão devidamente informados quando começar a valer Foto: Roberto Witter/Especial TP

NÃO ESTÁ EM VIGOR – Ainda na noite de terça­-feira, o TP conversou com o prefeito Zé Antônio para esclarecer a questão que repercutiu tanto na sessão ordinária quanto nas redes sociais. “Agora a empresa começou a colocar as hastes e as placas e só depois disso vai se fazer um decreto determi­nando por onde pode ou não pode – ainda falta inclusive informar nas próprias placas os limites de peso e altura. Então não tem como discutir agora, ninguém vai ser mul­tado porque não entrou em vigor, é só um procedimento de instalação”.

De acordo com o gestor, visando regulamentar esse fluxo, haverá algumas inversões, mas tudo será de­vidamente informado para a população. “Em seguida vem a outra etapa onde nós vamos chamar os comerciantes – que com certeza são os que vão se sentir mais prejudicados – para uma reunião, buscando explicar toda a situação e essa nova sinalização”.

Entre os objetivos, Zé Antônio destacou tam­bém que as placas possibi­litarão uma demanda antiga na rua Dutra de Andrade. “Ali na Praça de Esportes a nossa intenção é deixar o local próprio pra lazer de crianças, onde eu preciso extinguir o estacionamento de carretas. Depois dessa etapa, vem uma outra que é a reestruturação das demais placas da cidade, porque tem algumas que não indicam mais nada e alguns lugares na periferia não estão nem sinalizados”, concluiu.

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