Uma comunidade mobilizada, onde alguns doaram alimentos ao restante da família que ficou em Piratini, outros participaram do bingo para arrecadar dinheiro realizado na sexta-feira (8), e quem não pode ou não tem o que doar, entrou na corrente de orações. Assim tem sido as últimas semanas na cidade, depois que a mãe do bebê Maria Flor, de cinco meses, passou a pedir ajuda à filha nas redes sociais.
As fotos e vídeos publicados despertaram uma corrente de solidariedade para que os pais, Jaqueline Nascimento e Paulo Murrão, também se sustentassem inicialmente em Canoas e depois em Porto Alegre para onde a menina foi transferida.
Ligada a aparelhos para poder respirar, a suspeita é de que a criança sofresse de uma doença genética que atrofia órgãos e músculos, inclusive os pulmões. A esperança dos pais até a última segunda-feira (11), é que fosse o tipo menos agressivo da patologia.
Nesse dia a junta médica do Hospital de Clínicas reuniu os pais e o que mais se temia foi revelado: Maria Flor porta o tipo mais grave da doença chamada de Smart, que não tem cura, nem tratamento. “Praticamente nos pediram para sentar e assistir nossa filha morrer”, disse a mãe.
Conforme os médicos, existem menos de 30 casos dessa doença registrados no mundo e, conforme a geneticista que atende Maria Flor, a criança que mais sobreviveu, alcançou apenas um ano e sete meses.
Desesperada, a mãe se recusa a aceitar o diagnóstico e, em comum acordo com a equipe médica, decidiu que vai realizar dois exames específicos nos Estados Unidos. “Os dois testes custam R$ 7 mil e até o momento com depósitos na conta e a renda do bingo realizado, reunimos R$ 2,5 mil. Peço a quem é ou não pai que nos ajude, pois ainda temos esperança” apelou a mãe, dizendo que não irá se conformar.
A conta para quem puder ajudar com qualquer quantia é poupança, foi aberta no Banco do Brasil, agência 09660, número 14.614-5, em nome de Jaqueline Alves Nascimento.