Autoridades da região se juntaram a Coopersul durante audiência em Porto Alegre Foto: Divulgação TP
Na semana passada, a intermitência no fornecimento de energia elétrica em Hulha Negra, os chamados “pisca-piscas”, geraram reclamações por parte da comunidade. Nas redes sociais, diversas publicações solicitavam soluções para o problema. Além de estar enfrentando dias bastante quentes devido as altas temperaturas, a instabilidade preocupou quanto a possível queima de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos. A Cooperativa Regional de Eletrificação Rural Fronteira Sul Ltda (Coopersul) é a responsável pela distribuição da energia em Hulha Negra.
Conforme apurado pela reportagem do Tribuna do Pampa, a situação já está normalizada, mas segundo o presidente da Coopersul, Jaci Jacinto Coelho, o Titi, apesar de reconhecer a situação, ele afirma que a instabilidade é decorrente de problemas nos alimentadores 23 e 24 da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). “Enfrentamos problemas diariamente devido à falta de conservação dos alimentadores da CEEE. Em muitos casos cobertos por vegetação e com o recebimento de energia em condições anormais, fica extremamente difícil para a cooperativa fornecer um serviço de qualidade sem cortes e ‘pisca-piscas’”, afirma.
Titi também fez questão de frisar que na área que compete a Coopersul, toda a manutenção está em dia, porém, uma audiência pública na última sexta-feira (7) na Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do Rio Grande do Sul foi realizada para tratar o tema. “Percebemos a necessidade de se tomar medidas a curto prazo. Em alguns locais houve o registro de danos em aparelhos eletrônicos e vamos ter que dar suporte para as pessoas, pois elas não podem sair no prejuízo. Felizmente estamos contando com o apoio de prefeitos e vereadores da região, que nos acompanharam na visita, para podermos chegar a uma solução. Para isso, levamos vídeos e relatórios técnicos para comprovar a situação caótica destes alimentadores e já alertamos os clientes que foram lesados para contatar a Coopersul para resolveremos as situações”, relata o presidente da cooperativa.
REUNIÕES – Titi disse ainda que a cooperativa está disposta a colaborar para que soluções imediatas possam ser encontradas. Uma reunião exclusiva entre a CEEE e a Coopersul deve acontecer nos próximos dias na região, incluindo uma na cidade de Aceguá. “Ficou evidenciado durante o encontro todas as reais dificuldades da CEEE nos últimos meses, mas nossa expectativa é que alguma medida, ao menos emergencial, possa ser tomada pela Companhia”, disse.
CCEEE – O TP contatou com o setor de Comunicação da CEEE para esclarecer o problema citado pela Coopersul com os alimentadores 23 e 24.
A assessoria de comunicação da estatal, de forma muito rápida disponibilizou uma resposta ao jornal, conforme segue. “A CEEE participou de reunião na semana passada na Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, com as prefeituras de Aceguá e Hulha Negra e representantes da Coopersul. Na oportunidade, a empresa se comprometeu em fazer uma apuração minuciosa das causas efetivas dessas interrupções e elaborar um diagnóstico mais completo para, então, seguir um plano de ação conjunto com a Coopersul. Paralelamente, a CEEE Distribuição já está intensificando as atividades de poda e fazendo inspeção nesses alimentadores. As manutenções possíveis são realizadas imediatamente com equipes de linha viva (que atuam sem a necessidade de desligar a rede, evitando, assim interrupções). Além disso, está sendo viabilizada a instalação de uma chave religadora remota para minimizar os problemas das interrupções intermitentes”.
Lideranças solicitaram medidas para que as oscilações não voltem a acontecer
