PANDEMIA

Pesquisa revela o que o candiotense pensa sobre a Covid-19

A esmagadora maioria da comunidade aprova as ações da Prefeitura para prevenção e combate ao novo coronavírus

Mesmo com cerca de 60% dos entrevistados dizendo que foi atingido economicamente pela pandemia, grande maioria mostra preocupação com a saúde de si e do outro Foto: Letiére Navarrina/Especial TP

A Prefeitura de Candiota en­comendou uma pesquisa de opinião pública para saber o que os candiotenses pensam sobre o novo coronavírus. A pesquisa foi realizada neste mês de julho e ouviu 400 pessoas de todas as localidades urbanas e também da zona rural do município.

A pesquisa quantitativa, que tem como título ‘Candiota e os impactos do coronavírus’, foi realizada por pesquisadores da empresa especializada Clube da Opinião, de Porto Alegre, que tem realizado este tipo de intervenção para várias prefeituras gaúchas.

Cada entrevistado res­pondeu um questionário de 13 perguntas, que vão desde o grau de medo em relação à doença, se houve mudança da rotina pessoal, até a aprovação ou reprovação das medidas tomadas pelas três esferas de governo.

90% dos entrevistados concordam que a Prefeitura faça blitz de fiscalização Foto: Márcio Vieira/Especial TP

PESQUISA Em conversa com o jornal, o prefeito e o vice-prefeito, Adriano dos Santos (PT) e Gil Deison Pereira (PTB), afirmaram que a decisão de contratação da pesquisa foi no sentido de avaliar os impactos das ações do governo em relação à pandemia junto à população.

Adriano afirmou que era preciso entender o que a co­munidade está compreendendo e reagindo desse cenário. “É preciso esclarecer, que independente dos resultados, temos o entendimento que o governo está agindo de for­ma correta, ancorado nas orienta­ções dos órgãos de saúde. Talvez, conforme o que a população nos respondesse, teríamos que mudar a forma de nos comunicar sobre a Covid-19”, avalia o prefeito.

Gil Deison disse que a pesquisa é mais uma ação de um governo que sempre se pautou por ouvir a comunidade. “Sempre ouvimos a população para nossas ações. Agora, num momento de pandemia, a pesquisa foi o meio que encontramos de seguirmos ouvindo a comunidade”, disse.

Para a diretora do Clube da Opinião, Flávia Lima Moreira, a pesquisa demonstra, entre ou­tras coisas, que os candiotenses, mesmo que quase 60% se sintam impactados economicamente pela pandemia, possuem um espírito coletivo e de solidariedade, expres­sando preocupação com a saúde não só de si mesmo, mas da família e do restante da comunidade. “São números muitos sólidos e altos, que mostram que a população de Candiota está mesmo preocupada e sabe os altos riscos que a doença pode causar”, avalia.

Nesta semana, o TP teve acesso aos dados, que também serão disponibilizados de forma pública. Confira os resultados.

ROTINA – A primeira pergunta realizada foi como está a rotina das pessoas em tempos de coronavírus. Para 16%, a vida seguiu normal­mente 28% está saindo de casa, mas tomando cuidados especiais, como usar máscara, higienizar as mãos e manter o distanciamento sempre que possível; 25% está saindo para trabalhar e ficando em casa sempre que possível; 10% está trabalhando de casa e saindo apenas para o estritamente necessário (farmácia, mercado…); e 21% está totalmente isolado, sem sair de casa.

MEDO A segunda abordagem foi se a pessoa estava com medo do novo coronavírus. A maioria dos 400 entrevistados respondeu que tem medo. 24%, disse temer ficar doente; 10% teme perder minha vida; 35% afirmou temer pelos fa­miliares, 8% teme pela população mais vulnerável; e 23% disse não estar com medo.

RESTRIÇÕES A terceira questão perguntou se a pessoa concordava com as medidas de contenção ao novo coronavírus impostas pelas autoridades (fechamento de escolas, igrejas, comércio, entre outros). 82% disse concordar e apenas 18% respondeu não ser favorável.

ECONOMIA A maioria das pessoas entrevistadas, 58%, disse que depois do início da pandemia do novo coronavírus, sua situação econômica teve algum abalo. 43% afirmou que piorou muito; 15% que piorou um pouco; 41% que ficou igual; 2% que melhorou um pouco e nenhuma disse que me­lhorou muito.

ISOLAMENTO Sobre o isola­mento social, 74% atestaram que ele deve continuar por mais um tempo; 20% que ele deve diminuir gradualmente e apenas 6% que ele deva acabar.

ESTADO A pesquisa indagou também qual era a expectativa sobre o avanço do número de casos e mortes pelo novo coronavírus no Estado. A maioria, 41%, disse que vai aumentar; 32% que vai estabi­lizar e 27% que vai reduzir.

MÁSCARA 86% dos candiotenses entrevistados afirmaram que usam máscara aos sair de casa; 13% disseram que às vezes e 1% dizem não usar.

TRANSPARÊNCIA Perguntados se acreditavam que a Prefeitura de Candiota estava agindo com trans­parência sobre a Covid-19, a ampla maioria, 85%, afirmou que sim e somente 15% disseram que não.

PREFEITO Sobre como o en­trevistado avaliava as ações de enfrentamento ao coronavírus li­deradas pelo prefeito Adriano, 65% disseram que ele está agindo bem, pois está cuidando das pessoas que mais precisam; 29% concordam que ele age bem, mas que poderia fazer mais e apenas 7% afirmam que ele não está agindo bem.

PREFEITURA Sobre a atua­ção da Prefeitura em relação ao enfrentamento à Covid-19, 90% dos pesquisados responderam que aprovam e apenas 10% reprovam.

BLITZ Segundo os pesquisados, a Prefeitura de Candiota acerta ao realizar blitz de fiscalização da Covid-19. 90% aprovam a ação e apenas 10% desaprovam.

GOVERNADOR A atuação do governador Eduardo Leite (PSDB) também é amplamente aprovada pela comunidade local, quando 77% acham que ele age correta­mente e 23% dizem que ele não age de forma correta.

PRESIDENTE Para fechar, a maioria dos entrevistados candio­tenses desaprovam o comporta­mento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante da crise sani­tária. Para 71% ele não está agindo corretamente e para 29% ele age de forma correta.

Acesse todos os resultados da pesquisa aqui.

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