ESTIAGEM

Racionamento de água já é realidade em Hulha e Candiota não descarta

Candiota não descarta racionamento de água

Prefeito esteve reunido para discutir estratégias

Prefeito esteve reunido para discutir estratégias Foto: Divulgação TP

O prefeito de Candiota Adriano Santos se reuniu na manhã quinta-feira (14), com as Secretarias Geral de Governo, Obras e Planejamento, junto a Defesa Civil, para debater sobre a estiagem que já assola as zonas urbana e rural do município.

Adriano relatou que a Prefeitura contará com apoio do Exército para fornecer água com caminhão-pipa no interior do município, dando um suporte, para abastecer as famílias.

O grupo também construiu soluções para a área urbana, que já sofre com interrupções no fornecimento de água, pois além da falta de chuvas, as altas temperaturas e o aumento da população temporária em função das obras da UTE Pampa Sul, acabam elevando o consumo de água, principalmente nas residências.

A ideia, segundo o prefeito, é fiscalizar o mau uso da água, como lavagem de calçadas e carros, bem como, no enchimento de piscinas. “Vamos colocar agentes fiscalizadores nas ruas para notificar as pessoas que estão desperdiçando água, pois a situação é crítica e racionamento não é descartado”, avisou o prefeito.

NOVA ETA – Com a entrada em operação nos próximos dias da nova Estação de Tratamento de Água (ETA), construída na Cidade de Candiota, através de um convênio com a UTE Pampa Sul, os problemas de falta de água serão bastante amenizados. Atualmente a capacidade de produção de água da ETA velha é de 18 mil litros por segundo. Com a nova, que já está em fase de testes, a capacidade vai passar para 60 mil litros por segundo, triplicando o volume.

CAIXAS D’ÁGUA – No entanto, conforme os técnicos, para se ter uma segurança ainda maior, é preciso que as pessoas tenham reservatórios individuais (caixas d´água), pois imprevistos sempre podem acontecer nas ETAs, como queima de algum equipamento ou rompimento de tubulação, entre outros problemas.

Para isso, durante a reunião, a secretária de Planejamento Fernanda Santos, informou que a Prefeitura conseguiu um projeto junto a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para melhorias sanitárias domiciliares.

Como o município sofre com estiagens e falta de água, além da falta de reservatórios nas residências, ficou definido que o projeto será para implantar caixas d’água para as famílias de baixa renda. “O projeto será completo, pois a família beneficiada recebe a caixa d’água com elevação, ligações e conexões”, explicou a secretária.

O projeto orçado em cerca de R$ 500 mil beneficiará 155 famílias e deve ser lançado no início de janeiro. “Queremos divulgar no começo do ano os critérios para as famílias se inscreverem, para que possamos fazer um processo justo”, enfatizou a secretária.

Hulha Negra já sofre com racionamento de água

Racionamento está ocorrendo duas vezes ao dia em caráter experimental para que reservatórios sejam abastecidos

Racionamento está ocorrendo duas vezes ao dia em caráter experimental para que reservatórios sejam abastecidos Foto: Divulgação TP

Apesar do horário de verão ter começado no Rio Grande do Sul no dia 15 de outubro a estação mais quente do ano deverá ter início na próxima semana, dia 21 de dezembro. Ainda assim, as altas temperaturas, ultrapassando os 30ºC já trouxeram algumas consequências, principalmente o aumento do consumo de água e, em decorrência dos problemas históricos do município, o racionamento.

Em Hulha Negra, já há alguns dias a população convive com a falta de água durante alguns períodos do dia. O município é abastecido, conforme matéria divulgada recentemente pelo jornal Tribuna do Pampa (TP), por poços artesianos que contabilizam em torno de 22 mil litros de água por hora. A situação preocupa a administração municipal, que não viu outra alternativa além do racionamento de água, inicialmente de caráter experimental.

Conforme o prefeito Carlos Renato Machado, o racionamento está ocorrendo das 13h às 17h e da meia-noite às 5h e começou após secar definitivamente um poço localizado na rua Josemar Games que produzia 6 mil litros de água por hora. “O poço não reduziu intensamente a vazão da água e não reduziu, na totalidade, a produção para comunidade, porém é menos um ponto de captação. Para diminuir o tempo de racionamento vamos fazer testes de injeção de água direto na rede, desta forma ela poderá chegar de forma mais rápida até as residências”, explica o prefeito.

Machado, porém pede a colaboração e compreensão da comunidade. “É importante evitar desperdício de água durante esse período. A questão da água é uma grande preocupação nossa e as tratativas para o poço e a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) no bairro Floresta, que irá diminuir, consideravelmente, o problema”, pondera.

Comentários do Facebook