12 anos

O jornal “Tribuna do Pampa” circula há 12 anos. Nestes anos todos muitos publicaram colunas por aqui, mas só eu escrevo semanalmente desde a semana do lançamento do jornal. Como raramente, por esquecimento meu, a coluna não saiu, nestes anos foram publicadas, com esta, 592 colunas.

Em alguns momentos cheguei a pensar em publicar alguns livros com coletâneas das colunas publicadas. Talvez um dia faça. Talvez fique mais um tempo escrevendo. Não sei quanto. Dependendo de mim, o diretor João André já tinha me substituído por alguém mais jovem. É preciso abrir espaço para os jovens e o jornal abre, mas poderia abrir mais. Algo para ser analisado.

Continuo escrevendo porque se trata de um jornal diferente. Melhor que quase todos que circulam por aí e comparável aos melhores. Deixo claro que não comparo com jornais medíocres que são todos os jornais de grande circulação, que pautam preferencialmente notícias negativas, mortes, assassinatos, acidentes, roubos, falcatruas, fofocas, etc… “Acordo de manhã, pão com manteiga e, muito, muito sangue no jornal…”, Cotidiano, Vinícius de Morais e Toquinho.

Aqui temos um “compromisso com o desenvolvimento regional”. As notícias, ampla maioria, são para promover as pessoas dos lugares onde o jornal circula. É claro que uma ou outra notícia ruim tem de ser noticiada, mas na maioria das vezes, a linha mestra, publicamos o que fazemos de bom.

Esta coluna procura seguir a linha do jornal, quase sempre, que ninguém é perfeito, bem próximo disso. De vez em quando aponto alguma coisa que pode ser melhorada aqui e ali. João André me falou certa vez que ‘Tu és o mais moderado dos radicais que eu conheço”. Ele tem razão. Eu sou radical ao promover aquilo que acredito, mas muitas vezes é preciso moderar o palavreado para não ser descartado por quem pensa diferente. E todo mundo pensa diferente de mim.

Por ser um jornal de rara qualidade se mantém num cenário em que quase todos os semelhantes deixaram de existir. O jornal documenta de forma física os momentos. Eu que tenho recortes dos jornais das últimas três décadas, um pouco mais, observo registros de boa parte dos bons momentos que vivi e volto a eles seguidamente para tratar de algum tema.

Os políticos, prefeitos e vereadores, que administram verbas públicas, tem colaborado, um pouco, para que o jornal seja mantido. Poderiam investir muito mais em publicidade dos atos realizados. Alguns esquecem que o dinheiro público também deve ser usado para informar a respeito do que é feito com o dinheiro que é de propriedade do público.

Eu, quando prefeito, investi bastante em publicidade, jornal, rádio e TV, entre outros meios. Fui eleito três vezes, todas as vezes que concorri, e não lembro de uma única vez ter sido criticado negativamente por usar dinheiro público para informar a comunidade sobre o que estava sendo feito.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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