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Há momentos em que contamos para festejar. Porém, chegar a quinhentas colunas publicadas na Tribuna do Pampa também me faz lembrar que estou dez anos mais velho que era quando comecei em abril de 2011. Como a coluna é semanal, alguém bom de matemática perceberá que foram raras as semanas em que a coluna não saiu.

Bem que o João André poderia encontrar um jovem escritor ou alguns jovens escritores para ocuparem este espaço. Encerrei minha atividade política no exercício de cargos em 2008, com 50 anos, para dar espaço a outras pessoas. Porém, enquanto o editor entender que minhas colunas são socialmente úteis vou ficando.
O jornal é o mais eficaz veículo de comunicação. Fundamental que seja mantido nestes tempos de muita comunicação ineficaz disponível. O rádio é importante, mas palavras se perdem em segundos na memória de quem ouve. A televisão continua importante, mas quem está fazendo boas matérias na região?

Vivemos tempos de redes sociais.

Um dia talvez alguém registre que uma das piores invenções produzidas pela humanidade foi um telefone que serve para tudo.
As chamadas redes sociais me lembram o livro “A arte da prudência” de Baltasar Gracián onde se lê que “intimidade rima com promiscuidade”. Este livro foi escrito no século XVII. Seja próximo de muitos, mas seja íntimo apenas dos poucos que pareçam merecedores.

O jornal é um veículo produzido por profissionais. Os das redes sociais que muitas vezes querem ocupar o espaço do jornalismo são amadores e tendenciosos. Não que o jornalista não seja, mas este tem de tomar mais cuidados.

Para muitos, passar informação falsa não tem problema, muitos perderam a vergonha de passar vergonha. Porém, para um jornalista, aplicar uma informação errada é um problema que vai repercutir no resto da sua vida. O mais importante para um jornalista é ter credibilidade.

Esta semana, folheando o jornal, notei que as Câmaras de Vereadores de Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado têm espaços institucionais no jornal. Não se vê o mesmo por parte dos executivos.

Não posso querer que prefeitos pensem publicidade como eu pensava e continuo pensando. Mas vou continuar afirmando que publicar atos do governo é um dever de quem governa e o povo tem o direito de saber o que se faz com os recursos públicos.

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