Fase C será reformada com recursos financiados por banco estatal da China Foto: J. André TP
Com as fases A e B desativadas, restou a Usina de Candiota apenas a Fase C, inaugurada em 2010. Segundo reportagem publicada na última semana pelo Jornal do Comércio, a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), por intermédio da Eletrobras, da qual é subsidiária, está buscando recursos chineses para uma manutenção na unidade.
Como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não financia mais projetos a carvão mineral, a Eletrobras está recorrendo ao China Development Bank (CDB) para financiar a reforma. Este mesmo banco já financiou parte da obra.
A Eletrobras também fechou um contrato de R$ 230 milhões, sem licitação, com a empresa chinesa Citic Guo Hua International, que fará a revisão geral da usina (esta mesma empresa ajudou a construir a Fase C).
O banco estatal CDB – que atua como uma espécie de BNDES chinês – passou a ser mais acionado desde outubro de 2016, quando o banco brasileiro de fomento mudou suas condições de financiamento à energia elétrica, dando prioridade às fontes alternativas, como a solar, e extinguiu o apoio a térmicas a carvão e a óleo. O plano de renovação da Fase C, que tem 350 megawatts de potência, prevê que a planta fique paralisada por 90 dias.
Na última semana, representantes da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM) estiveram reunidos com diretores do BNDES, porém a conversa de reversão da medida de não financiamento de usinas a carvão não evoluiu.
