
Renato Machado, em razão da pandemia, optou por não mais realizar30a festa em sua última gestão Foto: Silvana Antunes TP
O ex-prefeito de Hulha Negra de 2009 a 2012 e de 2016 a 2024, Renato Machado (PP) participou ativamente de quase todas as edições da Semana do Colono, seja como prefeito ou vice-prefeito. Em entrevista ao Tribuna do Pampa, ele disse sempre ter considerado a festa uma prioridade enquanto gestor, por entender seu valor cultural, social e histórico para o município. “Trabalhamos com dedicação para manter viva essa tradição que honra o agricultor hulhanegrense e promove a união da nossa comunidade”.
Foi durante a primeira gestão de Renato Machado que a festividade contou o ‘carreteiraço’ ao meio-dia do domingo. Através de uma parceria com a Associação dos Arrozeiros de Bagé, foi servido em cada edição em torno 1,5 mil pessoas, possibilitando que quem passasse pela festa sem dinheiro pudesse também se alimentar. Foi também durante a gestão de Renato Machado que foi lançado o concurso para escolher a Corte de Soberanas do evento, visando a ampliação da divulgação e o concurso, uma fonte de receita para o município.
LEGADO
Renato disse que das ocasiões em que comandou o município e a realização da Festa do Colono – que de Semana passou a ser chamada de Festa – acreditar que o compromisso com a valorização do colono e o fortalecimento da identidade rural foram seu maior legado. “Um exemplo claro disso é o incentivo às agroindústrias locais, que se tornou um verdadeiro termômetro de como, enquanto gestão, valorizamos o trabalho do agricultor, do produtor que coloca alimento na mesa da nossa população. Abrimos uma porta chamada agroindústrias, que virou referência para os municípios da região. Dentro da Festa do Colono, sempre buscamos garantir espaço para que esses produtores pudessem mostrar seu trabalho, gerando renda, autoestima e visibilidade para o setor. Buscamos estruturar a festa de forma a fortalecer a participação das comunidades, destacar os talentos locais, incentivar as agroindústrias familiares e oferecer uma programação que representasse o povo trabalhador do campo. A Festa do Colono sempre foi, para nós, mais que um evento: é uma expressão da identidade de Hulha Negra. Lutamos para mantê-la viva e fortalecida, mesmo diante de desafios orçamentários, porque entendemos seu papel na formação da nossa história e da autoestima do nosso povo”.
PANDEMIA
Em 2020, a chegada da pandemia de Covid-19 impediu a realização da festa que acabou não retornando durante o governo de Renato. Segundo ele, foi a decisão mais correta naquele momento. “Tanto por respeito às determinações das autoridades sanitárias quanto pela responsabilidade com a vida das pessoas. No período pós-pandemia, enfrentamos outras dificuldades, como a forte estiagem que atingiu nossa região, somada à ausência de patrocínios. Para realizar a festa, seria necessário usar recursos do caixa livre da prefeitura — e tomamos a sábia decisão de destinar esse dinheiro para áreas essenciais, como manutenção de estradas, saúde, educação e assistência social. Foi uma escolha difícil, mas feita com seriedade e foco nas necessidades da população”, explica.
Por outro lado, Renato Machado que também foi secretário e vereador na cidade, afirmou que ver a festa sendo retomada é motivo de alegria. “A Festa do Colono tem uma importância enorme para Hulha Negra, pois celebra o esforço diário dos nossos agricultores e reforça o sentimento de pertencimento da comunidade. Que esse retorno seja também uma renovação do compromisso com quem trabalha a terra e sustenta o nosso município”.
JÁ FOI NOTÍCIA NO IMPRESSO