A semana

A semana que passou foi de muitas emoções no Brasil. A morte de Gugu Liberato, um dos grandes comunicadores do país nas últimas quatro décadas, deixa qualquer um a fazer reflexões. Como muitos brasileiros que podem, levou a família para fora do Brasil. Entre outras boas razões para ir embora: fugir da violência. Gugu morreu em razão de um acidente doméstico, numa casa de milhões de dólares, de forma violenta, ao cair de um frágil forro de gesso. Melhor viver bem o dia de hoje, com planos para o futuro, valorizando muito o presente. Como dizem os jogadores de futebol: pensando jogo a jogo.
Logo após a morte de Gugu, boa parte do Brasil ficou feliz com os títulos do Flamengo na Libertadores e no Brasileirão. Atualmente, o Flamengo “sobra” em relação aos demais times de futebol do Brasil, mas passou um sufoco para ganhar a final do River Plate, que cansou na reta final do jogo. Contra o Liverpool, se ambos chegarem à final do mundial de clubes, a chance do Flamengo me parece pequena. O futebol que se joga na América do Sul, hoje, está muito abaixo do que se joga na Europa. Porém, é um jogo e nestas ocasiões de vez em quando o favorito não ganha.
Lula foi julgado de novo pelo sítio de Atibaia e como era esperado, foi mantida a condenação com ampliação de pena. Quantas vagas o presidente vai ter de conseguir no Supremo Tribunal Federal para colocar os juízes que julgam para manter Lula inelegível? Se Lula já ganhou uns 30 anos de condenação, quantos anos de pena levarão empresários como Emílio e Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, Wesley e Joesley Batista, respectivamente da Odebrecht, OAS e JBS, que desviaram mais de 1.000 vezes o que se atribui à Lula? O que se atribui à Lula, que teria sido prometido a ele, um triplex no Guarujá e um sítio em Atibaia, podem ser comprados com um milhão de dólares. As falcatruas com dinheiro público dos mega-empresários acima citados são de bilhões de dólares. E um bilhão são mil vezes um milhão.
Enquanto isto, por este Rio Grande do Sul, o governador amigo do presidente, liberal, mais avançado que os mortais comuns, que chegou ao governo para ocupar o lugar de um governador que, segundo Eduardo leite, “não tirava a bunda da cadeira”, chega ao final do primeiro ano de governo de forma lamentável, deixando de cumprir a mais básica das responsabilidades, a de pagar em dia os salários dos servidores. Para ser competente não basta ser de direita, nem de esquerda. É preciso, apenas, ser competente.

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