QUESTÃO ENERGÉTICA

Afonso Hamm rebate Eduardo Leite sobre o carvão mineral

Hamm atua na Frente em defesa do carvão no Congresso Nacional Foto: Divulgação TP

A manifestação do governador Eduardo Leite durante a missão nos Estados Unidos, nesta semana, prevendo a desativação gradativa de usinas a carvão mineral no Rio Grande do Sul, despertou preocupação no deputado federal Afonso Hamm (Progressistas), que é vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral no Congresso Nacional. Ele discorda do posicionamento do governador. Como defensor do segmento, ele esclarece que em época de crise energética e de abastecimento nas hidrelétricas, o setor carbonífero é cada vez mais estratégico e fundamental para oportunizar aos brasileiros energia firme e segura.

Hamm destaca que as usinas que estão em operação – Usina Candiota (Fase C) da CGT Eletrosul e UTE Pampa Sul, já estão utilizando tecnologias mais modernas para baixa emissão de carbono. Da mesma forma, a região carbonífera também utiliza o carvão mineral para geração de energia. Além disso, tem olhar estratégico para o carvão mineral na geração dos fertilizantes nitrogenados (produto que a agricultura importa), na utilização dos gases, cerâmica e subprodutos e na indústria do cimento.

“O nosso Estado tem reservas minerais de carvão suficientes para tocar as usinas e com sustentabilidade, usando menor volume de carvão mineral, liberando menos gazes e as tecnologias estão avançando para fixação do CO2”, argumenta Hamm ao enfatizar que acredita no avanço tecnológico e na utilização dessa importante matriz energética que gera milhares de empregos.

Além disso, alerta o parlamentar, haver a compensação do excedente de emissões ocorridas através da compra de crédito de carbono originários de reflorestamentos existentes também na região carbonífera. Este mecanismo de compensação está em fase de regulação para o seu franco uso. E, que no ano de 2050 com “netzero” de emissões com crédito de carbono.

Como vice-presidente da Frente Parlamentar, entidade que também já presidiu, ressalta que novos projetos já estão planejados com a necessidade de produzir energia barata e em escala. O exemplo está no carvão mineral que produz com menos de R$ 100 o megawatt. “Dessa forma, a Frente Parlamentar segue vigilante no sentido de que as regiões produtoras do carvão mineral não vão abrir mão da sua utilização, levando em conta a inovação tecnológica e as pesquisas e também pela responsabilidade econômica, social e ambiental”, disse.

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