ESPECIAL NOVOS SECRETÁRIOS

Água e estradas são as principais prioridades da Obras em Candiota

O vice-prefeito Marcelo Gregório responde pela pasta00 Foto: Arquivo TP

Formado em tecnoquímica industrial, o atual vice-prefeito no município, Marcelo Gregório, também ocupa o cargo de secretário de Obras e Serviços Públicos em Candiota. Ele tem uma vasta experiência em diversas áreas do governo, pois também já foi prefeito da cidade, foi secretário Especial de Governo e de Saúde, vereador e presidente da Câmara.
Ao ser questionado sobre a maneira que recebeu a Secretaria do funcionário do quadro, Paulinho Feijó, que ocupava o cargo anteriormente, Marcelo respondeu que estava muito organizada, dizendo que a maior deficiência da pasta atualmente é em relação ao número de equipamentos, principalmente caminhões. “As nossas jazidas de material são longe, nós estamos em uma de Pinheiro Machado com a distância em média de 50 km, e a outra fica em Pedras Altas, entre 60 a 70 km distante. Então isso torna o material muito caro por causa do transporte, e quanto mais caminhões nós tivermos, conseguimos dar uma resposta mais efetiva para a comunidade rural”, ressaltou.
Sobre aumentar o número de máquinas para fazer o serviço, o secretário disse que já está tratando diretamente com o prefeito Luiz Carlos Folador, que inclusive já sinalizou a possibilidade de fazer um investimento nos próximos anos, para que se tenha um parque de máquinas com melhores condições.

PRIMEIRAS AÇÕES DE TRABALHO

Dando continuidade no trabalho desenvolvido pela Secretaria de Obras, Marcelo apontou que uma das maiores necessidades no momento é cuidar a questão da água, principalmente da sede do município e no interior da cidade, sendo este é o principal foco da equipe. “Nesta semana instalamos duas caixas d’água no assentamento Roça Nova, sendo que cada uma delas tem capacidade para armazenar 15 mil litros. Essa instalação beneficia moradores não somente desta comunidade, mas também do assentamento Sepé Tiaraju e de residências que ficam próximas”, informou, acrescentando que também estão levando água potável para locais onde não há rede, ou seja, assentamentos que ficam localizados abaixo da comunidade 8 de Agosto.

RECURSO DO INCRA

Marcelo também citou que estão aguardando os recursos que serão conveniados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde o mesmo dará uma ordem de serviço para que possa ser feito uma licitação das estradas do interior. O investimento, segundo ele, é de mais de R$ 12 milhões abrangendo os assentamentos, desde o Passo dos Carros, Madrugada e 20 de Agosto até a ponte do Passo do Neto. “Esse é um trabalho bastante forte que a Secretaria irá coordenar junto ao Incra. Este é o momento de fazer estradas, aproveitar o verão para que a população sofra menos no inverno”.

ÁGUA E HIDROMETRIA

Ele também mencionou a campanha de conscientização sobre o uso correto da água, sinalizando para que os moradores não desperdicem lavando calçadas, veículos e de forma indiscriminada, controlando o uso e utilizando única e exclusivamente para as necessidades primordiais. “Se não houver essa parceria com a comunidade de conscientização, infelizmente não teremos outra saída a não ser entrarmos firmes no racionamento, pois não temos previsão de chuva e as precipitações para janeiro e quem sabe até fevereiro são poucas”, destacou, afirmando que isso faz com que todos fiquem em alerta.
Ainda sobre o assunto, o secretário mencionou um estudo que está sendo feito pela Secretaria em razão do sistema de água, lixo e esgoto. “O trabalho que a Prefeitura irá fazer é no sentido da viabilidade econômica, porque hoje, infelizmente, nós temos a inadimplência de mais de 70%. A cada 10 contribuintes, 7 não pagam água, lixo e esgoto, e isso dá um rombo no orçamento mensal muito forte, sem falar que precisamos melhorar o abastecimento e a qualidade da água”, disse ele.
Outra questão importante mencionada por ele e também se tratando da água, foi o assunto da hidrometria no município. Sobre isso, Marcelo disse que é preciso colocar hidrômetro em todos os prédios da cidade, para que aqueles que consomem muita água e de maneira indiscriminada paguem por este custo, e as pessoas que usam de forma consciente, possam pagar um custo bem menor. “Esse é um trabalho que precisamos fazer, temos que enfrentar com coragem, chamar a comunidade para o nosso lado e dizer que tudo o que se está procurando fazer é a melhoria do sistema e uma água de qualidade. Hoje, do jeito que estánão temos como continuar, porque é um déficit muito alto e a qualidade é muito ruim”, pontuou.
Ainda sobre o assunto, ele afirmou que já começaram o trabalho de diagnóstico, levantamento do consumo por comunidade e da situação das Estações de Tratamento de Água (ETAs), que estão sucateadas e com falta de equipamento para reposição. “Esse estudo vai nos apontar o caminho que devemos seguir. Faremos discussão com a comunidade através de audiências públicas, com a Câmara de Vereadores, que é o órgão e a instância adequada para tratarmos com os representantes das comunidades”, falou, informando que esse assunto está sendo tratado internamente com a administração, e que pretendem finalizar o trabalho de diagnóstico até o final de fevereiro, para que o caminho seja apontado com o consentimento e o aval do prefeito, da comunidade e dos vereadores.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO

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