Ano Novo

Primeira coluna de mais um ano. Vou procurar neste ano escrever colunas que valham a pena ser lidas. Sempre começo a escrever uma coluna procurando fazer o melhor, mas algumas vezes começo a escrever na hora de enviar e assim a coluna vai do jeito que dá, com ou sem inspiração.

Procurarei ser mais otimista. Ninguém merece ler coisas negativas, mas sei que algumas vezes terei de escrever sobre a realidade e esta pode levar a conclusão que não são as que gostamos. Como alguns, quando o ano começa, estabeleci algumas metas. Uma delas é fazer colunas, na média, melhores que as que já fiz.

Para quem apostou no governo Lula o ano terminou melhor que a encomenda. A Bolsa de Valores batendo recordes deixou investidores mais felizes. No ano passado o país ficou mais leve, algumas coisas passaram a ser mais importantes que os escândalos e as bobagens promovidas ou ditas pelo presidente anterior.

Não achei oportuno dar muita ênfase ao 8 de janeiro. Fiquei com vontade de repetir o que escrevi logo após aquele dia numa coluna. A baderna foi fundamental para acabar com a baderna. Interessava a todos, ao governo, judiciário, aos políticos, ao exército e forças armadas. A baderna de 8 de janeiro de 2023 em Brasília facilitou a vida de todos que pertenciam a volta à normalidade e a dias mais felizes.

O ano começa com dois acampamentos em Hulha Negra, um dos sem-terra e outro dos ruralistas, que deve ter amplo apoio do executivo e do prefeito, instalado em área pública de propriedade da Prefeitura. Sem-terra e ruralistas parecem irmãos gêmeos, saídos da mesma barriga. Parece que brigam, mas têm interesses comuns. Os sem-terra querem terra de graça e os ruralistas querem vender terras superfaturadas. Em poucos dias todos estarão felizes.

Ano eleitoral. Teremos dias de muitos movimentos, muitos debates. Tempo de manter o que parece bom e mudar o que parece ruim. Lembrando que o ruim sempre pode ficar pior. Ano de quem tem compromisso com a democracia se envolver no processo eleitoral.

Recentemente, a Argentina elegeu um presidente que acredita que se tudo que quer for feito do jeito que ele quer e se todas as pessoas se comportarem e trabalharem do jeito que ele quer a Argentina será um outro país. É possível. Não é provável, por uma razão simples. Seres humanos gostam de viver como humanos com suas virtudes e defeitos.

Mas, todos corremos o risco de que a loucura se espalhe e chegue por aqui onde governos de centro como os de Fernando Henrique e Lula, um pouco a direita ou um pouco a esquerda, transformaram o Brasil num dos países com maior estabilidade econômica do mundo.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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