ECONOMIA

Antecipação de parcelamento do Fundo de Pensão elevou números da arrecadação de Pinheiro Machado em 2017

Audiência pública na Câmara apresentou relatório do último quadrimestre

Contadora da Prefeitura, Cristiane dos Santos, alertou para os números,  que criam uma espécie de ilusão arrecadatória

Contadora da Prefeitura, Cristiane dos Santos, alertou para os números, 3que criam uma espécie de ilusão arrecadatória Foto: J. André TP

As parcelas que deveriam ser pagas até 2032 do Fundo de Aposentadoria e Previdência Social (FAPS) de Pinheiro Machado foram todas antecipadas e quitadas no último mês de novembro. A abreviação se deu por conta que o Fundo não dispõe mais de recursos suficientes para o pagamento dos aposentados e pensionistas, tendo o município que aportar, além da parte patronal devida mensalmente, mais cerca de R$ 300 mil mensais do caixa livre para a complementação.

A informação foi apresentada na Câmara de Vereadores na última terça-feira (30), quando se realizou uma audiência pública para expor o relatório da gestão fiscal do último quadrimestre de 2017.

Segundo a contadora da Prefeitura, Cristiane de Oliveira Santos, que fez a exposição na audiência, a previsão inicial de arrecadação do município era de R$ 40,5 milhões, incluindo as três unidades gestoras: Prefeitura, Câmara e FAPS. Contudo, devido a antecipação do parcelamento, a receita realizada foi de R$ 44,1 milhões. “Quem olha diz que o município teve excesso de arrecadação em quase R$ 4 milhões, porém foi por conta da antecipação”, explicou a contadora.

Durante a audiência ainda foram apresentados outros números, como os gastos com Saúde e Educação, que ficaram em 15,26% (15% é o mínimo legal) e 30,44% (25% é o mínimo legal) respectivamente.

Em relação aos gastos com pessoal, a notícia, apesar de toda a crise financeira do município, é boa. Conforme os números, o município fechou o quadrimestre com 46,87% (54% é o teto legal) de comprometimento, sendo que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) deverá acrescer ainda os gastos com terceirizadas, porém, segundo Cristiane, não devendo ultrapassar os 51%, mesmo com este acréscimo.

A audiência foi conduzida pelo vereador Gilson Rodrigues, que é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara.

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