Ataques em escolas (segurança e conscientização)

* Cristian Canto

Com dois atentados no intervalo de pouco mais de uma semana entre março e abril de 2023, o Brasil acumula 24 ataques em escolas nos últimos 22 anos. O levantamento tem como base pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O caso mais recente acabou com a morte de ao menos quatro crianças em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina, no dia 5 desse mês. Um homem, que estaria armado com um machado, invadiu a escola infantil Cantinho do Bom Pastor, localizada na Rua dos Caçadores, bairro Velha. Após atacar alunos da instituição, ele fugiu e se entregou em um quartel da Polícia Militar.

A violência escolar e os assassinatos em massa são eventos terríveis que geram consequências devastadoras para as vítimas, suas famílias e comunidades. É importante destacar que a prevenção é fundamental nessas situações, por meio de investimentos em segurança escolar, programas de educação sobre violência, identificação precoce de problemas comportamentais e emocionais dos alunos, acesso a serviços de saúde mental e ações preventivas ao nível comunitário.

Investir em saúde mental e bem-estar emocional dos estudantes também pode ser uma estratégia eficaz para prevenir comportamentos violentos e melhorar o ambiente escolar. Além disso, a implementação de medidas de segurança física, como o controle de entrada e saída de pessoas e o uso de câmeras de segurança, podem ajudar a prevenir a entrada de armas nas escolas e minimizar os riscos de violência.

Promover a inclusão com a cultura de respeito e tolerância dentro das escolas, com ações de conscientização sobre a diversidade cultural e étnica, também é de suma importância.

Também é importante ter um diálogo aberto com os estudantes e ouvir suas preocupações e ideias, no final de tudo, são eles que sofrem as maiores consequências, sejam elas, físicas ou emocionais.

Outra medida eficaz é o desenvolvimento de protocolos de segurança para emergências, como a presença de um invasor armado na escola. As equipes escolares devem ser treinadas a desenvolver práticas de segurança, incluindo procedimentos de evacuação, comunicação e resposta a emergências. É importante que todos na escola saibam exatamente como agir em caso de uma ameaça à segurança.

Além disso, é crucial que as escolas trabalhem em parceria com os pais e com a comunidade para garantir a segurança dos alunos. Isso pode incluir a criação de comitês locais de segurança escolar, a participação em grupos de bairro e o envolvimento de empresas e organizações locais.

Por fim, é importante lembrar que a prevenção da violência na escola não se limita em apenas ter um segurança privado ou policial presente na porta das escolas e não há como mantermos nossos filhos em casa, em total proteção, eles precisam viver as experiências que passarão em seus caminhos. Entretanto, infelizmente, se não ensinarmos o que há de ruim, pode ser que não dê tempo para conhecer o que é bom.

Não falar com estranhos, não aceitar doces ou sorrisos e sair de perto de quem não conhece, já é um bom começo. A liberdade total é boa? Sim. Até deixar de ser.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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