PRESERVAÇÃO CULTURAL

Atividades diversas marcam a 1ª Confraternização dos Remanescentes dos Povos Indígenas em Candiota

Evento teve por objetivo o início de uma organização em prol da busca pelos direitos dos povos indígenas

Trabalhos escolares foram expostos Foto: Divulgação

Com o som da música Mãos Vermelhas, de Kaê Guajajara – um manifesto que aborda as lutas e resistências dos povos indígenas no Brasil, e a leitura de uma parte da carta da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) que foi entregue em Brasília este ano pelos povos indígenas que lá estiveram acampados, teve início a 1ª Confraternização dos Remanescentes dos Povos Indígenas.

O evento aconteceu no dia 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, no ginásio Ordália Ferreira, na Escola Santa Izabel, interior de Candiota. A data contou com uma extensa programação e contou com a presença de diversas autoridades, tais como o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, a secretária de Cultura Deise Cappua, a secretária da Mulher, LGBTQIAPN+ e Igualdade Racial, Juliana Baumhardt, pela 7ª Coordenadoria Regional de Saúde, Cláudia Domingues, os vereadores do PT de Candiota, Axel Costa e Luana Vais, o secretário da Negritude Socialista Brasileira (NSB), Adriano Barcelos (Nanão), a educadora e integrante Coletivo de apoio da Aldeia Pindóa Mirim, Estela Domingues, a educadora, cineasta e produtora cultural independente Adriana Ferreira, a poeta e Agente Territorial do MinC (Ministério da Cultura), Giana Guterrez, a assistente social, educadora, produtora e diretora do Curta-metragem Lanceiros Negros, Apagados da História, Juacema Costa Lima, Roberto Ortiz, da Federação Nacional das Associações Quilombolas (FENAQ), o indígena Kaigang assentado no PA 20 de Agosto Adão da Silva e o cacique Lino Benites, da Aldeia Pindoá Mirim de Bagé, da etnia Guarani Mbyá, além de assentados remanescentes indígenas e integrantes da Aldeia   Pindoá Mirim.

Segundo um dos organizadores, Roberto Ortiz, a confraternização foi memorável. “Algo assim ainda não se tinha feito em relação a esses povos que sofrem como nós negros e negras, o racismo, preconceito e discriminação, tendo ainda um grande diferencial, foram expulsos de seus territórios ancestrais. Esse foi o primeiro passo que eles comecem a se organizar e lutar pelos seus direitos e contribuam para diminuir esse pensamento retrógrado, destrutivo e intolerante. Agradecemos a todos que colaboraram com o evento, desde escolas a poder público que acreditamos que nesta região de reforma agrária, chega a quase mil pessoas. Como digo:  sempre tem alguém com o pé na aldeia”, manifestou Roberto.

ATIVIDADES

Após pronunciamentos e manifestações de autoridades, o Coral da Aldeia Pindóa Mirim apresentou alguns cânticos de celebrações e rituais, seguido de uma Roda Conversa onde cada pessoa presente pode contar sua história de descendência.

Logo após foi oferecido um almoço aos participantes e a realização da brincadeira do cabo de guerra entre mulheres e entre homens lembrando essa diversão indígena.

A tarde aconteceu um espaço de fala, onde agente territorial do MinC abordou as regras da Lei Aldir Blanc, incentivando as lideranças presentes a utilizarem na promoção da cultura das comunidades no município e uma Sessão Pipoca com a exibição de filmes e documentários a respeito da Aldeia Pindóa Mirim.

No final do evento foi plantado um pé de Pitanga no terreno da pracinha da escola Santa Izabel como símbolo da presença da Aldeia no evento e como sua luta irá crescer e dar frutos, além de ficar acertado que será realizada uma reunião exclusiva para a construção de uma ONG, ocasião em que a vereadora Luana Vais disponibilizou suporte jurídico do seu gabinete para auxiliar na documentação.

 

JÁ FOI NOTÍCIA NO IMPRESSO

 

Comentários do Facebook