
De uma forma geral, ano letivo retornará em formato remoto Foto: Divulgação TP
A quarta-feira (27) foi voltada para a educação. Secretários de Educação de Bagé, Aceguá, Dom Pedrito, Caçapava do Sul, Hulha Negra, Lavras do Sul e Candiota – municípios que compõem a Assudoeste Pampa Gaúcho -, estiveram reunidos na Secretaria Municipal de Educação de Bagé.
Segundo repassado ao Tribuna do Pampa, o encontro teve por finalidade definir a nova diretoria de Dirigentes Municipais de Educação (DME) da Assudoeste, atualmente presidida pela secretária de Educação de Bagé, Adriana Lara e pela vice-presidente e secretária de Educação de Hulha Negra, Adriana Delabary. “Por aclamação fomos novamente escolhidas para presidir a DME e nos sentimos honradas. O encontro foi importante, pois temos secretários novos a serem apresentados, tanto para os demais membros como para a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), representada na reunião pelo secretário executivo Diego Lutz”, disse Adriana Delabary em nome da presidente.

Secretários de Candiota e Hulha Negra, Michel Feijó e Adriana Delabary participaram da reunião da DME da Assudoeste Foto: Divulgação TP
Também estiveram presentes os secretários Julio Godoy Monteiro (Aceguá), Marco Antonio Rodrigues (Dom Pedrito), a adjunta Gislaine Huerta (Caçapava de Sul), Sandra Bulcão (Lavras do Sul) e Michel Feijó (Candiota), que na oportunidade foram agraciados com o livro 3ª Antologia, um trabalho da Secretaria de Educação de Bagé e com uma cesta de produtos coloniais das agroindústrias de Hulha Negra.

Adriana Delabary e Adriana Lara seguem a frente da DME Assudoeste Foto: Divulgação TP
AULAS – Uma das pautas mais importantes debatidas entre os dirigentes durante a reunião foi o retorno das aulas em 2021, suspensas no formato presencial desde março de 2020 em razão da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.
Segundo a vice-presidente da DME Adriana Delabary, em conversa com a Undime foi repassado que a maioria dos municípios do Rio Grande do Sul já está caminhando para o retorno das aulas. “Na região da Assudoeste, o retorno está partindo para um início de aulas em formato remoto e, posteriormente, um semi-presencial, ou seja, um formado híbrido de ensino”, afirmou Delabary explicando acerca das primeiras tratativas com relação as aulas na região.
A reportagem do Tribuna do Pampa contatou com os secretários de Educação da região de cobertura impressa para falar sobre o tema. Todos os municípios já se organizaram para um retorno a partir de 1º de março.
CANDIOTA – Na Capital Nacional do Carvão o início do ano letivo está marcado para o dia 8 de março e de acordo com o secretário de Educação, Michel Feijó, deve seguir o formato remoto utilizado em 2021 até que ocorra a vacinação. “Realizamos reuniões com os diretores das escolas da rede municipal e com o Conselho Municipal de Educação (CME) para definir como será o início do ano letivo. Neste primeiro momento vamos voltar de modo remoto nos mesmos padrões do ano passado, e futuramente aguardar as vacinas pra voltar no sistema presencial. As atividades serão onlines e entregues em casa para aqueles que não possuem acesso à internet”, explicou Feijó.
Por outro lado, nesta sexta-feira (29), o decreto 4222, assinado pelo prefeito Luiz Carlos Folador, determinou o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares infantis a partir de 1º de fevereiro. As medidas podem ser reavaliadas de acordo com a situação epidemiológica e as determinações estaduais para a região R22.
HULHA NEGRA – No município, um pré-calendário tem como início das aulas o dia 8 de março. Segundo a secretária Adriana Delabary, inicialmente no formato não-presencial, porém há uma organização e intenção de um formato híbrido seguindo determinações do Comitê de Operações Emergenciais (COE). “Vou tentar conversar com o COE para ver as possibilidades de fazermos um rodízio com aulas presenciais em 50%. Acho possível, pois no Monteiro Lobato, maior escola da cidade, temos bastante aluno e bastante sala. Nas outras escolas menores, temos pouco aluno e poucas salas”, explicou a secretária, acrescentando que ela vê o retorno híbrido como uma necessidade para os alunos. “A pandemia está deixando seqüelas nas pessoas e na educação. Com 200 dias letivos em sala de aula às vezes não se consegue dar conta, imagina escolas inteiras paradas. Mais um ano no mesmo formato sem a presença dos
alunos nas salas de aulas vai gerar um déficit muito grande”, posicionou-se Adriana.
PINHEIRO E PEDRAS – Um encontro reunião gestores da Educação de Pinheiro Machado e Pedras Altas. Na ocasião, os secretários Sandro Rosa, de Pinheiro, e Cilene Tardiz, de Pedras Altas, trocaram informações sobre o ano letivo de 2021, sobre a forma como serão as aulas, acompanhamento e aproveitamento dos alunos. Junto com as coordenadas pedagógicas foi avaliado o que deu certo e o que ficou a desejar no ano de 2020, aproveitando a oportunidade para traçar uma proposta de trabalho em parceria entre as secretarias dos dois municípios.
Segundo repassado pela assessoria de Imprensa da Prefeitura de Pinheiro Machado, as aulas estão previstas para iniciar em 15 de março de maneira remota, podendo migrar para o modelo híbrido ao longo do ano. Ainda, o Conselho Municipal de Educação (CME) não se reuniu para aprovar o calendário letivo para 2021, tampouco para aprovar o plano norteador e o plano de contingência da Smec.
Com relação a Pedras Altas, a secretária Cilene Tardiz explicou ao TP que o município optou pelo começo do ano letivo através de aulas remotas, que incluirão a plataforma Classrrom e a entrega de apostilas como foi realizado em 2020 a partir do dia 1º de
março. “Visando o avanço da tecnologia no mundo atual e o crescimento pedagógico, intelectual e profissional de nossa rede municipal, optamos pelo desenvolvimento das tecnologias, visto que nossos docentes e discentes sentem a necessidade de estar interligados no processo ensino aprendizagem por meios tecnológicos. A Smecd está realizando um levantamento de dados junto aos alunos e professores para que todos consigam dispor desse acesso tecnológico para melhor desenvolver suas atividades”, explicou Cilene.
Ainda conforme a secretária haverá acompanhamento dos professores através de plantões evitando a aglomeração em todas as escolas. “Desta forma o aluno que tiver alguma dúvida sobre o conteúdo, poderá agendar com seu professor na própria entidade. Segundo o Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde pelo menos no 1°semestre a vacina não chegará para os profissionais de educação, visto que a mesma ainda não foi testada em crianças e jovens menores de 18 anos. Foi pensando na saúde e no bem estar de todos que optamos no primeiro momento em aulas remotas e conforme o decorrer da vacina nos grupos vamos aumentando gradativamente a forma de organização de remoto para híbrido até chegar no presencial quando a imunização for completa em todos os grupos”, finalizou.

Secretários de Pinheiro Machado e Pedras Altas estão trocando experiências para retorno das aulas Foto: Divulgação TP