TRÂNSITO PESADO BLOQUEADO

Autoridades buscam alternativas para problema em ponte na BR-293

A ponte está avariada e o DNIT estuda medidas. A situação já está gerando transtornos de várias ordens e preocupação com escoamento da safra aumenta.

Nesta quinta (27), o DNIT colocou cargas de rejeitos de asfalto para bloquear a passagem de veículos pesados, que estavam desrespeitando a medida Foto: PRF/Especial

Desde a última segunda-feira (24), que a ponte sobre o Rio Piratinizinho, no km 68, da BR-293, em Piratini, está bloqueada para trânsito de veículos de carga. A interdição feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), foi necessária porque a estrutura apresenta rachaduras e agora passa por avaliação de engenheiros para se tomar medidas, mesmo que paliativas, como escoras, até uma solução definitiva.

No local, foram colocadas várias sinalizações e um sistema de Siga e Pare, com semáforo em ambos os sentidos da pista. Nesta quinta-feira (27), o DNIT tomou uma medida mais radical, porque havia denúncia de que veículos de carga não estavam respeitando a proibição, o que pode causar uma tragédia e colocar em risco a vida das pessoas. O Departamento colocou cargas de rejeitos de asfalto, que impedem veículos de grande porte em trafegar. A interdição afeta caminhões, ônibus de turismo e intermunicipais. Veículos leves, motos e transporte escolar estão liberados em passar.

Enquanto os estudos são realizados pelo DNIT, os desvios para veículos pesados estão sendo feitos pela BR-153, entre Bagé e Caçapava do Sul, e posteriormente utilizando a BR-392.

PREOCUPAÇÃO COM SAFRA E PREÇOS

Autoridades da região já estão se movimentando para buscar uma alternativa para que o fluxo de caminhões se utilize de um desvio por estrada de chão e não precisem ir até Caçapava. Outra preocupação é que caminhoneiros estão buscando vias que não suportam, já tendo muitos relatos de caminhões atolados, quebrados, além de abalo em estruturas como pontes. A safra, especialmente de soja, que se avizinha e a possibilidade dos preços de mercadorias aumentarem também estão no centro das preocupações.

Uma alternativa que deve ser tratada na semana que vem na Superintendência do DNIT e no Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (DAER), é a recuperação da ERS-265 (nas antenas, em Pinheiro Machado, até o Cancelão, em Piratini), que pode servir como desvio, enquanto não há uma liberação do trânsito pesado sobre a ponte. Esta pauta deve reunir autoridades de Pinheiro Machado e Piratini – municípios diretamente afetados pelo problema.

Nesta quarta-feira (26), a chefe de gabinete do deputado federal Márcio Biolchi (MDB), Cristiane Lohmann, e o vereador de Piratini, Jimmy Carter (MDB), estiveram em reunião com a assessoria parlamentar do Ministério dos Transportes, em Brasília. O encontro teve justamente o objetivo de buscar soluções para minimizar os prejuízos gerados pelo bloqueio, que afeta diretamente o escoamento da produção agrícola regional. O deputado Biolchi irá protocolar um ofício solicitando urgência na solução do problema. “A ponte é fundamental para o desenvolvimento econômico de diversas cidades da região. Os produtores estão sendo diretamente prejudicados, e precisamos de uma solução ágil para evitar prejuízos ainda maiores”, destacou Biolchi. O Ministério dos Transportes se comprometeu a abrir um expediente interno para avaliar a possibilidade de priorizar as medidas necessárias.

O vereador Cássio Câmara (PP) também tem acompanhado a situação de perto e integra uma força-tarefa para buscar alternativas. “O pessoal está indignado e precisa de uma saída, um plano B”, enfatizou.

30 DIAS

Na tarde desta quinta, um grupo de vereadores pinheirenses participou de uma reunião online com o DNIT-RS. Houve frutração, segundo nota publicada pela Câmara, porque a previsão é do problema perdurar por um mês. Participaram da reunião o presidente Rogério Moura, o vice-presidente Vilson Jorge, o 1º secretário Jaime Lucas, além do vereador Cássio e a vereadora Vivian Alves,

Até o fechamento da edição impressa, o TP buscava um novo contato com o DNIT no sentido de saber se há prazos e medidas já planejadas, além de indagar sobre a possibilidade de parceria para uma rota alternativa, porém não obteve o retorno a tempo do envio do jornal à gráfica.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO 

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