Alimento passa por análises e pasteurização Foto: Divulgação TP
No primeiro dia deste mês de agosto, o Ministério da Saúde lançou a Campanha da Semana Mundial da Amamentação, tendo como tema “Amamentação, apóie em todas as situações”, com o objetivo de conscientização e com o foco na redução das desigualdades relacionadas ao apoio à amamentação. De acordo com a matéria publicada no site do Ministério, “a amamentação é o único fator que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas viáveis.” Em Bagé, o Banco de Leite Humano (BLG) localizado na Santa Casa recebe cerca de 40 litros do alimento por mês.
Em conversa com a nutricionista e Responsável Técnica do local, Bárbara Corrêa Palma de Lira, ela informou que o BLG é responsável pela promoção do aleitamento, coleta, processamento e controle de qualidade do leite humano doado, para posterior distribuição aos recém-nascidos que estão internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal e Pediátrica. “Recebemos em média 40 litros ao mês, mas esse número é bem variável conforme as doadoras”, explicou.
QUEM PODE DOAR?
Ao ser questionada sobre quem pode realizar a doação, Bárbara respondeu que toda mãe que está amamentando e possui leite em excesso, estando com boa saúde, pode ser uma doadora. Ainda, segundo ela, as doadoras são as principais responsáveis por conseguirem oferecer o leite em excelência para a recuperação e desenvolvimento das crianças que estão precisando. “Por isso tamanha importância da doação”.
Sobre o valor do leite materno, ela destacou que é um alimento rico em anticorpos e específico para os recém-nascidos, oferecendo a nutrição e proteção necessária. “O leite materno é alimento ouro pra bebês, e principalmente aqueles prematuros de baixo peso que necessitam desse alimento para sua melhor recuperação”, reforçou ela.
Para as mamães que tenham interesse em ser uma doadora, ou que conheça alguém que tenha essa vontade e disponibilidade, basta entrar em contato pelo número (53) 32403200 ramal 209, para fazer o cadastro e receber as informações.
Embora não seja possível oferecer o leite para crianças que estão fora da UTI, a nutricionista ressaltou que a equipe também presta atendimento para mães que possuem dificuldades na amamentação. Ainda, ela explicou que em razão da Unidade de Bagé ser referência na região, as doações do Banco beneficiam crianças de diversas cidades, além do município.
Sobre o trabalho que é realizado no BLH, Bárbara mencionou que todo o leite doado precisa passar por um processo de pasteurização, além de análises bioquímicas. Por este motivo, a doadora sempre recebe a orientação de congelar o leite extraído por no máximo 10 dias, e entregar ao Banco de Leite.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
