LUTO

Candiota lembra um mês de falecimento de Jacinto Viega de Oliveira

Missa será rezada neste domingo na igreja Imaculada Conceição, no centro da cidade

Seu Jacinto sempre foi ativo no meio tradicionalista de Candiota Foto: Arquivo familiar/Especial TP

Neste domingo (9), na igreja católica Nossa Senhora Imaculada Conceição, na praça central de Candiota, a partir das 9h, será celebrada uma missa em memória a Jacinto Viega Oliveira, que faleceu no dia 10 de setembro, depois de um tempo hospitalizado em Pelotas.

No dia seguinte a sua morte, ele completaria 82 anos. Jacinto fez praticamente toda sua história em Candiota, município que viu nascer em 1992.

A Usina Candiota I ainda estava em construção quando o jovem de 20 anos Jacinto pisou
definitivamente na Capital Nacional do Carvão, que ainda pertencia a Bagé naquele longínquo ano de 1960. Ele veio da Coxilha do Aedo, no interior de Bagé, em busca de serviço e para fazer a vida na localidade. Em dezembro daquele ano, ele ingressou como autárquico na Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), quando aprendeu e se efetivou na profissão de mecânicode manutenção até se aposentar já na Usina Candiota II (Fases A e B) em 1994.

Em 2019, o TP fez uma reportagem com o casal, que foi exemplo de superação, amor e alegria de viver Foto: Arquivo TP

Em maio de 1961, Jacinto se casou com Marciana Dantas de Oliveira, que foi sua companheira de sempre durante 60 anos. Juntos, o casal construiu família. Morando no então distrito de Dario Lassance (hoje a sede de Candiota), Jacinto e Marciana tiveram o primeiro filho, Cledimar, em 1963. Já em 1968, quando haviam se mudado para a Vila Residencial, nasceu Cleber, o segundo filho do casal.

Tradicionalista de quatro costados, Jacinto ajudou a fundar o CTG Luiz Chirivino e foi associado de carteirinha do CTG Candeeiro do Pago. Católico, ele fez parte da diretoria da Comunidade Sagrado Coração de Jesus, no tempo do sempre lembrado padre Mário Gianochini.

Há cerca de 38 anos, Jacinto se viu diante de uma situação desafiadora e que faria selar de vez o amor pela esposa, quando ela perdeu a visão por conta de uma doença degenerativa. Jacinto passou a ser os olhos dela e o casal desde então foi um exemplo na comunidade pela superação, vontade de viver, companheirismo e amizade, fato registrado aqui no TP numa reportagem feita em 2019, quando Marciana completou 80 anos. O casal foi um dos primeiros assinantes do saudoso jornal A 1ª FOLHA e até hoje recebe o Tribuna do Pampa.

Alegre e de bem com a vida, seu Jacinto a sua inseparável parceira, que também é eletricitária aposentada, nos últimos anos curtiram a vida com os filhos, os sete netos e três bisnetos, mas também em viagens juntos e com o Grupo de Idosos Saber Viver.

Ele foi sepultado no último dia 11 de setembro, no Cemitério da Santa Casa, em Bagé.

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